Pereira Cristóvão suspenso por 15 meses por causa do "caso Cardinal"

O antigo dirigente do Sporting foi castigado pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol de toda a actividade desportiva.

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Paulo Pereira Cristóvão foi castigado pela FPF Nuno Ferreira Santos

A decisão surge na sequência do apelidado "caso Cardinal", no qual o antigo dirigente sportinguista surge acusado de ter tentado chantagear um árbitro.

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A decisão surge na sequência do apelidado "caso Cardinal", no qual o antigo dirigente sportinguista surge acusado de ter tentado chantagear um árbitro.

Cristóvão foi ainda multado em três mil euros, enquanto o Sporting foi punido com uma multa de dois mil euros.

O "caso Cardinal" nasceu com o envio de uma carta anónima a denunciar um alegado suborno ao árbitro assistente José Cardinal, nomeado para um jogo entre o Sporting e o Marítimo, em Abril de 2012, carta essa que o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, faria chegar à Polícia Judiciária (PJ), depois de a mesma lhe ter sido entregue pelo presidente dos “leões”, Godinho Lopes.

Na sequência da investigação da PJ, foram constituídos arguidos, além de Paulo Pereira Cristóvão, um ex-funcionário deste, Rui Martins, suspeito de ter feito, no Funchal, o depósito de 2000 euros na conta bancária do árbitro assistente José Cardinal, e a secretária do dirigente leonino, Liliana Caldeira, que terá, alegadamente, comprado a passagem de avião para aquele viajar até à Madeira.

Em reacção ao castigo, Paulo Pereira Cristóvão considerou a decisão “apressada” por não aguardar pelas decisões dos tribunais civis, “ao adiantar-se às mesmas", ameaçando com um processo judicial o CD da FPF no caso de os factos “não serem, futuramente, provados nos tribunais”.