Crato lembra medidas de que se orgulha e admite que ser ministro não é muito "confortável"

Numa conferência sobre os Direitos da Criança, na Assembleia da República, Nuno Crato lembrou "três ou quatro" medidas de que o seu "ministério se orgulha" e admitiu que ser ministro da Educação "não é o trabalho mais confortável do mundo".

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"Temos aqui três ou quatro coisas de que o ministério se orgulha muito", concluiu o ministro da Educação, no final da cerimónia realizada no parlamento e organizada pelo Instituto de Apoio à Criança (IAC). Segundo dados citados hoje por Nuno Crato, 97% das crianças com cinco anos frequentam o ensino pré-escolar e quase metade dos alunos do ensino secundário (47%) já opta pela via profissionalizante em alternativa ao ensino regular.

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"Temos aqui três ou quatro coisas de que o ministério se orgulha muito", concluiu o ministro da Educação, no final da cerimónia realizada no parlamento e organizada pelo Instituto de Apoio à Criança (IAC). Segundo dados citados hoje por Nuno Crato, 97% das crianças com cinco anos frequentam o ensino pré-escolar e quase metade dos alunos do ensino secundário (47%) já opta pela via profissionalizante em alternativa ao ensino regular.

Nuno Crato lembrou ainda a estruturação do currículo do 1.º ciclo, sublinhando que o seu ministério "deu uma atenção especial ao 1.º ciclo", por considerar que as bases dos primeiros anos de escolaridade "são decisivas" e podem permitir aos alunos "enfrentar tudo com mais solidez".

O ministro falou depois do discurso de Ricarda Marcelino, uma jovem de 15 anos representante do IAC, que nasceu no bairro social de Chelas. Ricarda contou a sua história, as dificuldades e a discriminação - muitas vezes feita de forma inconsciente - de que foi alvo ao longo da sua vida.
No final, a aluna do 10.º ano de um curso vocacionado para a agricultura, anunciou que iria continuar a estudar para atingir o seu sonho: "Ser ministra da Agricultura", revelou.

Nuno Crato gracejou dizendo que "por momentos" pensou que Ricarda iria dizer que queria ser ministra da Educação e perante tal hipótese deixou um conselho: "Eu garanto que não é o trabalho mais confortável do mundo", afirmou o ministro que continua a ser alvo de críticas, devido à falta de professores nas escolas, seis semanas após o início do ano.