De Famalicão com vista para o topo

Na cidade minhota cresce o entusiasmo com o Clube Râguebi de Famalicão que voltar a ter a promoção como objectivo número 1

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Famalicão e râguebi andam cada vez mais de mão dada e o clube minhoto é já um dos grandes da II Divisão. A promoção tem fugido por pouco ao clube local nas últimas épocas, mas o Clube Rugby Famalicão (CRF) parte para a nova temporada determinado em romper com a malapata dos últimos anos.

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Famalicão e râguebi andam cada vez mais de mão dada e o clube minhoto é já um dos grandes da II Divisão. A promoção tem fugido por pouco ao clube local nas últimas épocas, mas o Clube Rugby Famalicão (CRF) parte para a nova temporada determinado em romper com a malapata dos últimos anos.

Nas meias-finais da II Divisão da última época, a deslocação ao terreno do Rugby Vila da Moita, na segunda mão do play-off de promoção, ditou o fim do sonho famalicense. “Faltou uma pontinha de sorte”, recorda Pedro Costa, técnico do CRF, a derrota nessa partida, por 12-46. “Tínhamos 13 pontos de vantagem mas lá, aos sete minutos da primeira parte, com o resultado ainda a zero, já estávamos com três jogadores lesionados. Ao mesmo tempo, o Vila da Moita entrou muito forte e aproveitou bem isso”.

O técnico parte agora para a sua quarta época no CRF e o início não podia estar a correr melhor: na primeira eliminatória da Taça de Portugal, o clube minhoto devastou o Braga Rugby, por 112-0. “Não estava à espera de um resultado tão desnivelado”, confessa Pedro Costa, destacando o “modelo muito mais dinâmico, com mais possibilidades do próprio jogador tomar a decisão”, com que a equipa atacou a nova temporada.

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A subida à I Divisão há muito que paira no horizonte, fruto de um “excelente trabalho da direcção, juntamente com a Câmara Municipal de Famalicão”. Contudo, o segredo para o crescimento do clube não se fica pelas boas condições de treino e infra-estruturas. “Algumas velhas glórias do CDUP, que já não conseguiam jogar a um nível de Divisão de Honra e que querem continuar num râguebi um bocadinho menos exigente, deram um grande input à equipa”, considera.

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Ainda assim, o futuro parece reservar um ponto de viragem: “Este ano, o Famalicão está a fazer um grande investimento na formação”, explica ao P3 Râguebi Pedro Costa. Por a formação ter sido deficiente até agora, poucos jovens da cidade têm integrado os seniores do clube. “No ano passado chegaram quatro jogadores, há dois chegaram três ou quatro e este ano devem chegar um ou dois”, prossegue.

Agora, o CRF arrancou com várias escolinhas e a cidade agradece. Afinal, o gosto dos famalicenses pelo râguebi “tem vindo a crescer de ano para ano”. “São inesquecíveis os nossos jogos contra o Sporting, há dois anos, e contra o Benfica, na época passada”, relembra o técnico. Contra os “leões”, “cerca de 500 pessoas” assistiram da bancada do Campo n.º 2 à emocionante vitória famalicense. “A cidade já sabe o que é râguebi, sabe que Famalicão tem feito bons resultados de há uns anos para cá e vai ver os jogos”, explica.

Embora todos os ingredientes pareçam apontar a promoção como o objectivo para a época, Pedro Costa prefere ser cauteloso. “A II Divisão é uma surpresa todos os anos: ou é uma equipa que investe ou é a federação que muda a maneira como as coisas funcionam, por isso, o nosso objectivo principal é chegar à fase final”. O escalão está mais competitivo do que nunca, “com seis equipas para apenas dois lugares” na Zona Norte/Centro, onde a Agrária de Coimbra e o Guimarães RUFC serão os principais adversários, mas o CRF parece determinado para estar à altura das exigências. “Estamos todos com o mesmo compromisso e esse é o primeiro caminho para o sucesso duma equipa, juntamente com um grande espírito de camaradagem e amizade”, conclui Pedro Costa.