A derrota habitual de Portugal foi a primeira de Fernando Santos

Selecção sofreu nono desaire seguido com a França (2-1). A estreia de Fernando Santos foi também o primeiro jogo de Cédric e João Mário. Tiago, Danny, Ricardo Carvalho e Quaresma voltaram a jogar.

Foto
Portugal voltou a perder com a França DR

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Resta ver como será a resposta na Dinamarca, na qualificação para o Campeonato da Europa de 2016. Na terça-feira, não é sequer descabido pensar que o novo seleccionador aposte no mesmo “onze” que actuou ontem em solo francês e que contou com imenso apoio nas bancadas (estima-se que estiveram cerca de 30 mil adeptos da selecção lusa no estádio). As novidades foram os laterais Cédric e Eliseu, Tiago, que foi o médio mais recuado (pelo menos até à entrada de William Carvalho ao intervalo), atrás de João Moutinho e André Gomes, e a presença de Danny entre o trio da frente. Portugal não teve propriamente um ponta-de-lança fixo, com o capitão Cristiano Ronaldo, Danny e Nani a fazerem as despesas do ataque. Mais tarde, também Ricardo Carvalho teve oportunidade de voltar a vestir a camisola da selecção principal, três anos depois de ter sido “barrado” por Paulo Bento.

The partial view '~/Views/Layouts/Amp2020/NOTICIA_IMAGEM.cshtml' was not found. The following locations were searched: ~/Views/Layouts/Amp2020/NOTICIA_IMAGEM.cshtml
NOTICIA_IMAGEM

The partial view '~/Views/Layouts/Amp2020/NOTICIA_POSITIVONEGATIVO.cshtml' was not found. The following locations were searched: ~/Views/Layouts/Amp2020/NOTICIA_POSITIVONEGATIVO.cshtml
NOTICIA_POSITIVONEGATIVO

A França não andou longe da sua formação mais forte: dos 11 titulares escolhidos por Didier Deschamps, apenas o guarda-redes Steve Mandanda, o lateral-direito Bacary Sagna e o central Eliaquim Mangala (ex-FC Porto) não alinharam de início no último jogo no Campeonato do Mundo, nos quartos-de-final frente à Alemanha (0-1).

Os planos iniciais só correram bem aos homens da casa. Griezmann fez o passe atrasado, Sagna surpreendeu ao surgir adiantado, Rui Patrício fez a defesa de recurso e Benzema não desperdiçou a oportunidade de fazer, de recarga, o seu 25.º golo pelos bleus. Esse momento lançou Portugal para uma série de erros e desorganizações, que se traduziram em muitas dificuldades na defesa, com o adversário a conseguir entrar facilmente pelos dois corredores.

O equilíbrio voltou a partir dos 20 minutos. Cabaye e Mangala cooperaram mal numa jogada perto da sua área e Nani aproveitou para roubar a bola e partir para a baliza, mas o seu remate intencional saiu ligeiramente ao lado. Sem ter feito quase nada por isso, Portugal esteve perto do empate, o que ajudou a equilibrar a balança. André Gomes tentou a sua sorte aos 27’, mas foi só após o intervalo que a equipa deu verdadeiramente um sinal da sua graça.

O lance que poderia ter materializado o melhor período da equipa de Fernando Santos, que, por ser um jogo amigável, pôde sentar-se no banco de suplentes, sucedeu aos 51’. Nani centrou, Patrice Evra não foi rival para Cristiano Ronaldo nas alturas, mas Mandanda efectuou uma grande defesa.

O seleccionador português mexeu depois tacticamente no jogo. Fez entrar dois avançados (Quaresma e o ponta-de-lança Éder), mas tirou apenas um (Nani, saindo também Tiago), mas não houve tempo para ver o que a equipa poderia beneficiar com a decisão. Logo a seguir, Evra encontrou Benzema e este deixou para Paul Pogba fazer o 2-0. O golo voltou a ter origem no lado esquerdo do ataque gaulês. Alguns instantes depois (70’), o capitão Blaise Matuidi esteve perto de coroar uma grande exibição com a obtenção do terceiro golo da sua equipa, com a bola a errar o alvo por pouco.

Santos lançou João Mário e, numa das duas primeiras intervenções, o médio “leonino” foi tocado na área, aparentemente involuntariamente, por Pogba. Com Ronaldo já no banco, coube a Quaresma, também de regresso às opções da selecção após uma longa ausência, apontar o penálti. João Mário, muito activo, ainda tentou o empate, mas o remate saiu ao lado e o resultado estava feito. Desde 1986, apenas António Oliveira e Paulo Bento se estrearam como seleccionadores com um triunfo.