Google recebeu 1482 pedidos de pessoas em Portugal que querem ser “esquecidas”

O Facebook foi o site de que foram removidos mais endereços dos resultados das pesquisas.

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Nos 28 países da UE, foram feitos 145 mil pedidos John Macdougall/AFP

Em Maio, no seguimento de uma decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia, o Google passou a disponibilizar um formulário para que os utilizadores da UE possam pedir para que endereços com informação que lhes diga respeito sejam apagados, no que é conhecido como o "direito ao esquecimento". O caso chegou àquele tribunal porque um cidadão espanhol não queria que o seu nome aparecesse associado a uma dívida antiga.

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Em Maio, no seguimento de uma decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia, o Google passou a disponibilizar um formulário para que os utilizadores da UE possam pedir para que endereços com informação que lhes diga respeito sejam apagados, no que é conhecido como o "direito ao esquecimento". O caso chegou àquele tribunal porque um cidadão espanhol não queria que o seu nome aparecesse associado a uma dívida antiga.

Os dados agora publicados pelo Google mostram que os 1482 pedidos portugueses visavam a remoção de 6197 endereços. Cerca de dois terços foram, de facto, removidos. Já no total dos 28 países, foram feitos 144.954 pedidos, representando um total de 497.695 endereços. Cerca de 58% das solicitações foram aceites. O Facebook foi o site de que foram removidos mais endereços.

Quando o Google aceita um destes pedidos, a informação não desaparece da Internet, e pode mesmo aparecer em algumas pesquisas do Google. A empresa simplesmente deixa de apresentar os endereços removidos das pesquisas pelo nome das pessoas que fizeram o pedido.

O Google deu alguns exemplos das solicitações que recebeu. Uma mulher em Itália pediu para que, quando pesquisassem o nome dela, não aparecesse um artigo com dezenas de anos sobre o assassinato do marido. Na Suíça, um "profissional do sector financeiro" pretendia que fossem removidos dez endereços relativos a uma condenação por crimes no sector, mas o Google não aceitou. "O Google tem de ter em conta os direitos do indivíduo, bem como o interesse público do conteúdo", explicou a empresa.