As selecções africanas perdem para as europeias os talentos nascidos na Europa

São vários os jogadores que recusam representar equipas africanas, embora o pudessem fazer graças à sua ascendência.

Foto
Bellarabi em acção frente ao Benfica, na Liga dos Campeões Patrik Stollarz/AFP

Karim Bellarabi representa uma nova geração de futebolistas espalhados pelos melhores campeonatos e que têm mais do que uma opção a nível de selecção: o atacante do Bayer Leverkusen foi convocado pela campeã mundial Alemanha para os jogos de qualificação para o Euro 2016 frente à Polónia e Irlanda, comprometendo em definitivo as esperanças que Marrocos alimentava.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Karim Bellarabi representa uma nova geração de futebolistas espalhados pelos melhores campeonatos e que têm mais do que uma opção a nível de selecção: o atacante do Bayer Leverkusen foi convocado pela campeã mundial Alemanha para os jogos de qualificação para o Euro 2016 frente à Polónia e Irlanda, comprometendo em definitivo as esperanças que Marrocos alimentava.

Autor do golo mais rápido da história da Bundesliga, em Agosto, Bellarabi prepara-se para fazer a estreia pela Mannschaft. Filho de pai ganês e mãe marroquina, Bellarabi nasceu em Berlim e tem dupla nacionalidade: em Setembro tinha-se encontrado com o seleccionador de Marrocos, mas a sua preferência foi para a equipa de Joachim Löw.

Muitos países africanos têm tentado explorar este filão: um bom exemplo é a Argélia, que foi ao Mundial 2014 com mais futebolistas nascidos em França do que dentro das suas fronteiras. Mas ouviu uma resposta negativa do mais recente alvo: Nabil Fekir, nascido há 21 anos, em Lyon, deu prioridade à equipa sub-21 dos bleus – que vai disputar com a Suécia um lugar no Europeu do escalão. “É uma escolha importante e espero não me arrepender”, confessou ao diário desportivo francês L’Équipe.

A Costa do Marfim também não teve sucesso com Thomas Touré, que nasceu no sul de França e representa o Bordéus. O avançado de 20 anos foi convidado para a equipa marfinense poucos dias depois de se estrear a marcar na Liga francesa, mas recusou ser o sucessor de Drogba, explicando que precisa de tempo antes de assumir um compromisso.