Expulsão de Maicon e muralha “axadrezada” travaram o FC Porto

Quase sete anos depois, o principal derby portuense regressou sem golos. Com os “dragões” em inferioridade numérica, a estratégia defensiva do Boavista foi premiada.

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O guarda-redes Mika foi um obstáculo intransponível para Jackson FRANCISCO LEONG/AFP

Um dilúvio como há muito não se via na cidade do Porto ameaçou adiar o regresso do principal derby local, mas se o relvado portista esteve à altura da intempérie, a equipa de Lopetegui não resistiu às adversidades que a partida lhe reservou. Com duas deslocações de alto risco agendadas para os próximos 10 dias (Sporting e Shakhtar), o treinador voltou a mexer no “onze” e, contra todas as previsões, Andrés Fernandez e Marcano surgiram a titulares. Porém, há um quarteto que parece resistir a qualquer rotação: Danilo, Maicon, Brahimi e Jackson.

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Um dilúvio como há muito não se via na cidade do Porto ameaçou adiar o regresso do principal derby local, mas se o relvado portista esteve à altura da intempérie, a equipa de Lopetegui não resistiu às adversidades que a partida lhe reservou. Com duas deslocações de alto risco agendadas para os próximos 10 dias (Sporting e Shakhtar), o treinador voltou a mexer no “onze” e, contra todas as previsões, Andrés Fernandez e Marcano surgiram a titulares. Porém, há um quarteto que parece resistir a qualquer rotação: Danilo, Maicon, Brahimi e Jackson.

Sem as armas do rival, Petit não fez bluff e cumpriu à risca o plano de jogo que tinha anunciado dois dias antes: “Jogar em blocos baixos e tentar sair em transições rápidas”. Com três jogadores que competiram na época passada no Campeonato Nacional de Seniores no “onze” (Carlos Santos, Miguel Cid e Zé Manuel), o treinador do Boavista apostou inicialmente num 4x5x1, com um central (Carlos Santos) adaptado a lateral.

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E, confirmando o que já se tinha visto em jogos anteriores, o FC Porto de Lopetegui não encaixa em equipas de tracção bem atrás. Apesar de uma ameaça de Brahimi aos 5’, os “dragões” não conseguiam furar a muralha “axadrezada” e apenas uma oferta de Correia permitiu que os portistas criassem perigo em contra-ataque, mas uma poça de água salvou os boavisteiros. Pouco depois, Ruben Neves tentou de longe, mas a vida dos “azuis e brancos” não estava fácil e ficou ainda pior a partir dos 24’: Maicon entrou por trás sobre Correia e viu o vermelho directo, apesar dos protestos de Lopetegui.

Com a expulsão, o jogo mudou. Petit tirou imediatamente Carlos Santos e lançou Brito, Lopetegui arriscou ao não meter um segundo central e o Boavista surgiu finalmente no ataque: Anderson Carvalho rematou ao lado e Correia às malhas laterais.

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Com a equipa descompensada na defesa, Lopetegui trocou Evandro por Casemiro ao intervalo. O FC Porto reorganizou-se, voltou a encurralar o Boavista e Mika sentiu alguns calafrios, mas se as “panteras” eram eficazes a defender, os “dragões” mostraram-se incompetentes no ataque. Os remates disparatados de Tello e Herrera (a outra ameaça foi de Jackson) foram o melhor exemplo da noite “não” do FC Porto.