Sindicato dos Médicos critica presidente da ARS-Norte por faltar a reunião que ele próprio marcou
Castanheiro Nunes foi alvo de críticas por ter faltado a uma reunião que ele próprio convocou para aplacar o clima de crispação que se instalou no Agrupamento de Centros de Saúde Gerês/Cabreira
Pelo segundo dia consecutivo, o SIM assesta baterias contra o presidente da ARS-N por causa do mal-estar instalado no Agrupamento dos Centros de Saúde (ACeS) Gerês/Cabreira, no distrito de Braga, onde os profissionais apontam muitas críticas à liderança de Jorge Cruz, nomeado pelo ministro da Saúde após indicação de Castanheira Nunes.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Pelo segundo dia consecutivo, o SIM assesta baterias contra o presidente da ARS-N por causa do mal-estar instalado no Agrupamento dos Centros de Saúde (ACeS) Gerês/Cabreira, no distrito de Braga, onde os profissionais apontam muitas críticas à liderança de Jorge Cruz, nomeado pelo ministro da Saúde após indicação de Castanheira Nunes.
Perante o clima de conflitualidade, Castanheira Nunes anunciou no dia 7 de Agosto a intenção de se reunir com todo o pessoal médico do ACeS no início de Setembro. No dia 11 confirmou a reunião, marcando-a para quatro dias depois, assegurando a sua presença. No entanto, o responsável acabou por faltar para estar presente, em Lisboa, na cerimónia oficial comemorativa dos 35 anos do serviço nacional de Saúde, fazendo-se representar pelo vice-presidente da ARS-N, Rui Cernadas.
“Será que o sr. presidente da ARS-N se apercebe do significado da sua atitude, da sua falta de respeito pelos compromissos que assume, pelos profissionais que convocou, pelas consultas que tiveram de ser adiadas, pela dignidade das funções que se comprometeu a cumprir e honrar?”, questiona o sindicato.
No comunicado, o SIM refere que “entre contribuir para o restabelecimento da legalidade e normalização do ambiente de trabalho e ir pavonear-se para Lisboa numa cerimónia fortemente iluminada pelos holofotes, onde nada tinha para dizer nem fazer e onde muita pouca gente o conhece, o dr. Castanheira Nunes escolheu a fuga às suas responsabilidades e compromissos”.
O PÚBLICO contactou a ARS-Norte para obter um comentário do presidente mas Castanheira Nunes mostrou-se indisponível para falar. O seu assessor disse que o novo modelo de escala para o serviço de atendimento complementar à noite entrará em vigor em Outubro. Esta é, entre outras, uma das questões que os profissionais de saúde daquele agrupamento exigem que a ARS corrija imediatamente porque o modelo em vigor, dizem, "está ferido de ilegalidades”.