China quer ser líder da indústria nuclear até 2020

País está a apostar da adaptação da tecnologia estrangeira e quer passar de comprador a vendedor.

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China quer controlar tecnologia nuclear para passar a vendê-la Frederic Brown/AFP

Segundo o jornal South China Morning Post, o Governo está a preparar um plano ambicioso, que deverá ser finalizado em Abril. Na semana passada, o director da Agência Nacional de Energia, Wu Xinxiong, disse em Beijing que o que se pretende é alcançar a liderança mundial nesta área através de “grandes desenvolvimentos tecnológicos” e de “actualizações industriais”.

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Segundo o jornal South China Morning Post, o Governo está a preparar um plano ambicioso, que deverá ser finalizado em Abril. Na semana passada, o director da Agência Nacional de Energia, Wu Xinxiong, disse em Beijing que o que se pretende é alcançar a liderança mundial nesta área através de “grandes desenvolvimentos tecnológicos” e de “actualizações industriais”.

A China tem 22 reactores nucleares em operação, representando porém apenas 2% da produção eléctrica do país. Dois terços da electricidade consumida no país vêm de centrais térmicas a carvão. Neste momento, há mais 27 reactores nucleares em construção.

A China pretende ter, até 2050, uma capacidade nuclear instalada de 400 gigawatts (GW) – mais do que a dos 441 reactores que existem em todo o mundo agora. Em 2020 espera-se que ultrapasse os Estados Unidos, como o país com mais centrais nucleares.Hoje, os EUA têm 100 reactores. A França é o segundo país com maior parque nuclear, com 58 reactores.

A China está a apostar na adaptação da tecnologia nuclear estrangeira, em acordo com dois gigantes do nuclear, a francesa Areva e norte-americana Westinghouse. O país quer passar de comprador a vendedor de tecnologia. Também está a concentrar em empresas nacionais toda a parte de construção e manutenção das centrais.