À primeira vista, o aspecto destes hambúrgueres que parecem saídos de incineradoras pode chocar os consumidores mais sensíveis, mas o Burger King garante que nada há de errado nas duas versões que colocará no mercado: o pão e o queijo são escurecidos com carvão de bambu e o ketchup ganha novas tonalidades a partir de tinta de lula. À carne, que também mantém o seu aspecto original, é acrescentada pimenta preta do reino.

À primeira vista, o aspecto destes hambúrgueres que parecem saídos de incineradoras pode chocar os consumidores mais sensíveis, mas o Burger King garante que nada há de errado nas duas versões que colocará no mercado: o pão e o queijo são escurecidos com carvão de bambu e o ketchup ganha novas tonalidades a partir de tinta de lula. À carne, que também mantém o seu aspecto original, é acrescentada pimenta preta do reino.

Os hambúrgueres, chamados Kuro Pérola e Kuro Diamante — kuro, em japonês, significa negro —, foram originalmente lançados em 2012, quando o Burger King decidiu apostar numa linha de sanduíches alternativas para atrair o público japonês. As razões deste regresso são agora bem mais práticas: desde o passado mês de Julho, quando uma reportagem numa televisão chinesa pôs a nu um grande fornecedor que vendia carne fora do prazo de validade a cadeias como a McDonald’s, a KFC e a Pizza Hut, que as vendas de fast-food na Ásia sofreram um abalo que as grandes companhias procuram agora reverter.

E o Burger King nem sequer é o único a propor menus negros aos seus clientes: em Londres, um restaurante (o Ospo) vende hambúrgueres de peixe ensanduichados em pão escurecido com tinta de lula e a cadeia francesa Quick lançou em 2012 a sua própria linha de pão preto — a que chamou Dark Vador — para celebrar o lançamento da versão 3D de Guerra das Estrelas: A Ameaça Fantasma. Em Espanha é célebre o arròs negre catalão, feito à base de arroz e choco, e são muitos os restaurantes a oferecer receitas que têm no conhecido esparguete negro o seu ingrediente principal.