Dez “mundialistas” escolheram vir para o campeonato português

FC Porto contratou quatro futebolistas que estiveram no Brasil ao serviço das respectivas selecções. Compensação total aos clubes portugueses que enviaram jogadores ao Mundial ascende a 1,6 milhões.

Foto
Brahimi ao serviço da Argélia no Mundial, antes de rumar ao FC Porto Philippe Desmazes/AFP

No panorama nacional, o FC Porto de Julen Lopetegui foi o emblema que esteve mais “atento” ao torneio organizado pelo Brasil. Os “dragões” atacaram o mercado e garantiram os serviços de três futebolistas africanos: Brahimi (Argélia), Aboubakar (Camarões) e Opare (Gana). A estes juntou-se o defesa Bruno Martins Indi, que ajudou a Holanda a conquistar a medalha de bronze no Mundial. Dois colombianos (Quintero e Jackson Martínez) e dois mexicanos (Reyes e Herrera) foram ao Brasil mas regressaram ao Dragão, enquanto as saídas de “mundialistas” chegaram a uma mão-cheia. O FC Porto conseguiu encaixe financeiro com as transferências do francês Mangala (para o Manchester City) e do belga Defour (Anderlecht), tendo ainda deixado sair o uruguaio Fucile (assinou pelo Nacional de Montevideu) e cedido por empréstimo o argelino Ghilas (Córdoba) e o português Varela (West Bromwich). Mas estes jogadores contribuíram para a compensação financeira a que o FC Porto terá direito por parte da FIFA, que em termos brutos será superior a 650 mil euros.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

No panorama nacional, o FC Porto de Julen Lopetegui foi o emblema que esteve mais “atento” ao torneio organizado pelo Brasil. Os “dragões” atacaram o mercado e garantiram os serviços de três futebolistas africanos: Brahimi (Argélia), Aboubakar (Camarões) e Opare (Gana). A estes juntou-se o defesa Bruno Martins Indi, que ajudou a Holanda a conquistar a medalha de bronze no Mundial. Dois colombianos (Quintero e Jackson Martínez) e dois mexicanos (Reyes e Herrera) foram ao Brasil mas regressaram ao Dragão, enquanto as saídas de “mundialistas” chegaram a uma mão-cheia. O FC Porto conseguiu encaixe financeiro com as transferências do francês Mangala (para o Manchester City) e do belga Defour (Anderlecht), tendo ainda deixado sair o uruguaio Fucile (assinou pelo Nacional de Montevideu) e cedido por empréstimo o argelino Ghilas (Córdoba) e o português Varela (West Bromwich). Mas estes jogadores contribuíram para a compensação financeira a que o FC Porto terá direito por parte da FIFA, que em termos brutos será superior a 650 mil euros.

O Benfica deu dois “mundialistas” a Jorge Jesus: o grego Samaris e o brasileiro Júlio César – um de apenas dois futebolistas da “canarinha” que estiveram no Mundial a trocar de clube (o outro foi David Luiz). Saiu o argentino Garay, finalista derrotado no Campeonato do Mundo, para o Zenit S. Petersburgo. O compatriota Enzo Pérez continua na Luz, assim como o uruguaio Maxi Pereira e os portugueses André Almeida e Rúben Amorim. Este lote de jogadores deverá render cerca de 400 mil euros em compensação financeira paga pela FIFA.

Em Alvalade o valor a dar entrada nos cofres rondará os 300 mil euros: Marcos Rojo, que depois do Mundial foi transferido para o Manchester United, disputou a final ao serviço da Argentina. Para compensar a saída de um “mundialista” chegou outro ao Sporting. Nani foi incluído no negócio que levou Rojo para Old Trafford, num regresso aos “leões”, por empréstimo. O argelino Islam Slimani foi alvo de cobiça de vários emblemas, mas continua de “leão” ao peito, tal como os portugueses Rui Patrício e William Carvalho.

Mas o lote de clubes que lograram atrair futebolistas que estiveram no Mundial não se esgota nos três ditos “grandes”. Para além dos sete jogadores que chegaram para representar FC Porto, Benfica e Sporting, há outros três emblemas que da I Liga que contam nos respectivos plantéis com um “mundialista”. O camaronês Edgar Salli chegou à Académica por empréstimo do Mónaco – e o clube de Coimbra já tinha visto sair o defesa argelino Halliche (cuja prestação pela Argélia deve valer uns 70 mil de euros de compensação da FIFA), que rumou ao Qatar. Petit, treinador do regressado Boavista, conta com o hondurenho Brayan Beckeles. E o promovido Penafiel pode orgulhar-se de Alireza Haghighi, guarda-redes iraniano que brilhou no Brasil (e na temporada passada actuava na II Liga, ao serviço do Sporting da Covilhã).

O Sporting de Braga foi a equipa portuguesa mais representada nas escolhas de Paulo Bento para o Mundial 2014, (Éder, Rafa e Eduardo), mas o guarda-redes deixou o emblema minhoto para rumar ao Dínamo Zagreb. Os três futebolistas devem valer aos minhotos algo menos que 200 mil euros em compensação.

Seis internacionais portugueses trocaram de clube: para além dos referidos Eduardo, Nani e Varela, também Ricardo Costa, Hugo Almeida e Hélder Postiga mudam. E apesar das grandes trasferências de sul-americanos (Luis Suárez, James Rodríguez, Di María), os campeões foram os gregos: “As selecções que mais aqueceram o mercado foram aquelas que fizeram boas campanhas no Brasil, mas com jogadores fora dos grandes emblemas. A Grécia protagonizou 14 negócios”, escrevia a Folha de S.Paulo.