"Há, infelizmente, devido à crise económica e aos cortes nos salários na função pública, famílias numerosas que apresentam bastantes dificuldades. Isso tem sido visível no aumento dos pedidos de escalões. Nesse sentido decidimos alargar as medidas de apoio e divulga-las esta semana para que os pais possam fazer as inscrições dos filhos e saberem com que podem contar", afirmou José Maria Costa, em conferência de imprensa.

"Há, infelizmente, devido à crise económica e aos cortes nos salários na função pública, famílias numerosas que apresentam bastantes dificuldades. Isso tem sido visível no aumento dos pedidos de escalões. Nesse sentido decidimos alargar as medidas de apoio e divulga-las esta semana para que os pais possam fazer as inscrições dos filhos e saberem com que podem contar", afirmou José Maria Costa, em conferência de imprensa.

Face ao "aumento dos pedidos de ajuda", no ano lectivo 2014/2015, anunciou que o prolongamento de horário de funcionamento dos jardim-de-infância vai ser gratuito para todas as crianças, cerca do dobro dos 580 alunos já abrangidos por este serviço. A redução nos custos das refeições para famílias com mais de dois elementos a frequentar o pré-escolar e o primeiro ciclo de ensino básico, é outra das medidas. Esta redução, explicou, será aplicada de acordo com o número de filhos dos agregados familiares, "de 25% no segundo filho e 50% a partir do terceiro".

"São medidas activas para que não haja nenhuma criança com dificuldades no acesso à alimentação e aos livros e para que os casais jovens possam estar descansados porque não vão ter encargos", disse, garantindo que apesar dos cortes nas transferências do Estado, o município "ainda consegue suportar o impacto económico destas medidas".

"Este impacto adicional andará na ordem dos 130 mil euros, relativamente aos encargos que já tínhamos até aqui. Grosso modo o investimento que o município vai fazer na formação e educação ultrapassará um milhão de euros", sublinhou. Segundo dados avançados pelo autarca socialista o concelho tem atualmente cerca de 4.100 alunos, 3.096 no primeiro ciclo e de 1.093 no ensino pré-escolar. No ano letivo passado a autarquia investiu 843 mil euros com os apoios concedidos a 2.708 crianças.

Através das cantinas escolares, foram servidas 670.636 refeições, num investimento de 784 mil euros. Cerca de 50% das crianças no pré-escolar tiveram atividades de animação e apoio à família e com transportes escolares a 2.708 alunos, o município gastou cerca de 670 mil euros. Em livros e material escolar foram apoiados 1.356 alunos com escalão, atribuído de acordo com os índices salariais dos pais.

Questionado pelos jornalistas, José Maria Costa afirmou que apesar do que "o Governo tem vindo a apregoar sobre o problema das famílias e da demografia, de concreto, o município tem sentido muito pouco". Como exemplo apontou o apoio em transportes concedido a 2.645 alunos do ensino secundário, num investimento de 130 mil euros, que "não é competência do município mas ao qual o Estado não tem dado qualquer tipo de apoio".

"Mais importante que o apregoado cheque da educação era importante que o Estado concretizasse a descentralização de competências com os respetivos meios financeiros e que os pagasse atempadamente, o que às vezes não acontece", alertou o autarca.