Ortopedistas lançam campanha nas praias contra mergulhos perigosos

Acção de sensibilização, entre Agosto e Setembro, estará em 100 praias e alertará os veraneantes para a possibilidade de mergulhos perigosos resultarem em traumatismos vertebro-medulares.

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Praia de Quiaios, Figueira da Foz. Carla Carvalho Tomás / Arquivo

A campanha estará presente em 100 praias do país com cartazes e folhetos de sensibilização. “Estima-se que 43% dos acidentes de mergulho aconteceram a jovens entre os 10 e os 19 anos e que 73% dos acidentados tinham menos de 29 anos. É nos meses de Julho e Setembro que se verifica mais de 90% destas ocorrências”, apontou também Jorge Mineiro com base num estudo relativo à época balnear de 2012.

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A campanha estará presente em 100 praias do país com cartazes e folhetos de sensibilização. “Estima-se que 43% dos acidentes de mergulho aconteceram a jovens entre os 10 e os 19 anos e que 73% dos acidentados tinham menos de 29 anos. É nos meses de Julho e Setembro que se verifica mais de 90% destas ocorrências”, apontou também Jorge Mineiro com base num estudo relativo à época balnear de 2012.

“É o único estudo prospectivo que existe. Nele foram referenciados 17 acidentes, dos quais seis resultaram em lesões medulares e três em lesão total”, explicou o médico interno autor do estudo, Ricardo Prata. No âmbito da campanha deverá ainda ocorrer a realização de acções de sensibilização em escolas de surf e a colocação de outdoors nas praias, indicou Ricardo Prata. 

Com base nesses números, o presidente da SPOT defende que “os jovens devem conhecer a profundidade do local antes de mergulharem e não devem mergulhar a partir de rochas, margens de lagos ou rios ou em águas rasas”. Correr esse risco, poderá resultar na morte ou deixar os jovens “gravemente incapacitados”, alerta o especialista.

“Não mergulhes no escuro. O local onde mergulhas pode não ser tão fundo como pensas. A água às vezes não é o que parece”, lê-se num dos folhetos que serão distribuídos nas praias.

Segundo a SPOT “os traumatismos vertebro-medulares apresentam elevadas taxas de morbilidade e mortalidade particularmente elevada em Portugal face ao panorama europeu, no contexto dos acidentes em praias". Aquela sociedade não conseguiu, porém, adiantar,  para efeitos de comparação, as taxas médias de mortalidade devido a este tipo de acidentes na Europa.