Privatização da EGF enfrenta nova providência

Na semana passada, o Supremo Tribunal Administrativo aceitou uma providência cautelar de Condeixa-a-Nova e nesta quinta-feira aprovou outra, da autoria da Câmara de Loures.

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Reversão do negócio faz parte da proposta de governo do PS. Fernando Veludo

Na semana passada já tinha sido aceite pelo STA uma outra providência cautelar, da autoria do município de Condeixa-a-Nova (accionista da ERSUC) e, embora a cada acção dos municípios o Governo possa contrapor com o argumento do interesse público, o incómodo dos candidatos com este tipo de processos é notório. “Estamos perplexos com esta incapacidade de haver um consenso do lado público”, disse ao PÚBLICO fonte ligada a uma das propostas candidatas.

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Na semana passada já tinha sido aceite pelo STA uma outra providência cautelar, da autoria do município de Condeixa-a-Nova (accionista da ERSUC) e, embora a cada acção dos municípios o Governo possa contrapor com o argumento do interesse público, o incómodo dos candidatos com este tipo de processos é notório. “Estamos perplexos com esta incapacidade de haver um consenso do lado público”, disse ao PÚBLICO fonte ligada a uma das propostas candidatas.

“Seria de esperar que estivessem criadas as condições de entendimento quando alguém quer mudar estruturalmente um sector”, disse a mesma fonte, reconhecendo que “a instabilidade jurídica tem impacto no valor que se atribui à empresa”.

A data limite de entrega das propostas vinculativas pelo capital da EGF é o dia 31 de Julho e ontem o Governo voltou a reafirmar a intenção de manter este calendário, apesar de alguns candidatos terem manifestado interesse na extensão do prazo. Tal como o Diário Económico adiantou, o agrupamento Portugal Ambiental solicitou um adiamento de 45 dias. O PÚBLICO apurou que este agrupamento, que integra as brasileiras Odebrecht e Solví, mantém o interesse no negócio, mas pediu mais prazo à Parpública (que controla a participação do Estado no sistema). Também o agrupamento EGEO/Antin pediu o adiamento do prazo.

Dos sete candidatos que se apresentaram na primeira fase do concurso, o único que terá perdido o interesse é o  Beijing Capital. O PÚBLICO sabe que este fundo chinês não se tem feito representar nas diligências inerentes ao processo de privatização. Mantêm-se no processo de privatização, além dos dois agrupamentos, a Suma (Mota-Engil), a DST, a belga Indaver e a espanhola FCC.