Governo investe quatro milhões para repor rede de monitorização dos rios

Praticamente sem manutenção há seis anos, estações estão a funcionar de modo precário e pouco fiável.

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Rede de monitorização dos rios está a funcionar de forma deficiente Paulo Pimenta

O Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia vai investir pouco mais de quatro milhões de euros na remodelação da rede. Cerca 2,2 milhões de euros servirão para comprar equipamentos. Serão 123 estações de monitorização totalmente novas, mais 227 equipamentos de telemetria, para transmitir dados como os caudais dos rios, as descargas das barragens e informações meteorológicas. Estes dados são essenciais, por exemplo, na prevenção e vigilância de cheias.

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O Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia vai investir pouco mais de quatro milhões de euros na remodelação da rede. Cerca 2,2 milhões de euros servirão para comprar equipamentos. Serão 123 estações de monitorização totalmente novas, mais 227 equipamentos de telemetria, para transmitir dados como os caudais dos rios, as descargas das barragens e informações meteorológicas. Estes dados são essenciais, por exemplo, na prevenção e vigilância de cheias.

“Vamos renovar as estações e torná-las mais modernas”, disse ao PÚBLICO o secretário de Estado Paulo Lemos. “Vai melhorar sensivelmente a recolha de dados, vamos transmiti-los mais rapidamente e será possível fazer o seu tratamento de uma forma que não se podia fazer”, completa.

 Outros 1,8 milhões de euros estarão destinados a manutenção das estações – o calcanhar de Aquiles do sistema que até agora estava montado. Desde 2008, com as restrições orçamentais, que as estações não têm tido manutenção, comprometendo o seu funcionamento. No ano passado, a Agência Portuguesa do Ambiente reconheceu que a maior parte ou não registava dados ou produzia leitura erradas.

Para tentar resolver o problema, o Governo foi agora buscar dinheiro aos fundos comunitários e também ao Fundo Português de Recursos Hídricos – alimentado com a recolha da taxa de recursos hídricos cobrada a agricultores, indústrias e particulares.

O Ministério do Ambiente também contará com a ajuda da EDP e a Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueve (EDIA) para a manutenção de 44 estações.