Nuno Mocinha dialoga com Rondão Almeida mas reafirma: “eu é que sou o presidente”

Os dois autarcas desavindos apareceram juntos ao final da manhã desta quarta-feira numa conferência de imprensa para anunciar conversações e a necessidade de diálogo.

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Rondão Almeida ficou sem pelouros

Depois das palavras inflamadas proferidas por ambos na tarde de terça-feira, agora admitem que possa haver entendimento entre as partes desavindas. Por volta das 17h20 Mocinha estava reunido com os vereadores Rondão Almeida, Manuel Valério, Vitória Branco e Tiago Afonso, nas instalações da autarquia.

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Depois das palavras inflamadas proferidas por ambos na tarde de terça-feira, agora admitem que possa haver entendimento entre as partes desavindas. Por volta das 17h20 Mocinha estava reunido com os vereadores Rondão Almeida, Manuel Valério, Vitória Branco e Tiago Afonso, nas instalações da autarquia.

No entanto o presidente fez questão de vincar que neste momento os vereadores Rondão Almeida e Elsa Grilo “estão sem pelouros”, frisando que o despacho exarado nesse sentido já está assinado.

Mesmo assim, e apesar de consumada a polémica decisão que provocou uma guerra aberta entre os autarcas envolvidos, o presidente esclarece que continua a haver diálogo “para se chegar a um entendimento” admitindo que “talvez haja mal entendidos de parte a parte a necessitar de esclarecimento”.

A prova disso estava na presença de Rondão Almeida, a seu lado na conferência de imprensa, frisando que estava comprovada com aquele gesto a intenção de superar os mal-entendidos e que “só através do diálogo será possível ultrapassar o conflito”.

Mas como todos os cuidados são poucos, Mocinha adverte: “Não garanto nada”, convicto da posição que tomou. “Sei que sou o presidente da câmara, sei quais são as minhas competências, quais são os meus limites e o que me comprometi com a cidade de Elvas, com o meu concelho”, vincou o autarca.

A seu lado Rondão Almeida ouvia atentamente o presidente da câmara para depois deixar claro que “cada um tem a sua maneira de trabalhar, o seu feitio”, mas pugnando para, que apesar dos mal entendidos, “os homens mais fortes sejam aqueles que são capazes de criar a paz e não incendiar as guerras”.

Tentando desmontar as suspeições que o conflito suscitou na população, o ex-presidente garantiu que “nunca foi posto em causa que o presidente da câmara é o Nuno Mocinha”, acentuando que apesar do que aconteceu sempre foram amigos. “O meu presidente Nuno Mocinha sabe que tem uma excelente equipa e pode dar-lhe toda a liberdade”, acrescentou.

No entanto, para o presidente “continuam a existir pontos de vista que têm de ser analisados”.