“São precisos mais casos de sucesso” no empreendedorismo português

Fundador da Startup Braga argumenta que é preciso criar mais empresas em Portugal.

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Carlos Oliveira, fotografado quando era secretário de Estado Daniel Rocha/PÚBLICO

Entre os problemas a resolver no empreendedorismo português, argumenta o ex-governante, está a necessidade de criar mais empresas, para que aumentem as probabilidades de surgirem negócios bem-sucedidos e que tenham impacto na economia. “Seria um tremendo insucesso se daqui a cinco anos não tivéssemos mais cinco ou seis casos de sucesso”, afirma.

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Entre os problemas a resolver no empreendedorismo português, argumenta o ex-governante, está a necessidade de criar mais empresas, para que aumentem as probabilidades de surgirem negócios bem-sucedidos e que tenham impacto na economia. “Seria um tremendo insucesso se daqui a cinco anos não tivéssemos mais cinco ou seis casos de sucesso”, afirma.

O balanço de um fenómeno que em Portugal é relativamente recente é, contudo, positivo. Nos últimos anos, diz Carlos Oliveira, referindo-se a um período que coincide com o do resgate internacional e do aumento do desemprego, surgiram “empreendedores com projectos mais estruturados”, passou a ser “quase uma inevitabilidade olhar para fora” e as universidades passaram a estar mais atenta ao fenómeno. Mas também há no empreendedorismo português quem alimente uma ideia relacionada com o imaginário do americano Silicon Valley, observa: “Há muita gente que acha que o financiamento é o fim em si mesmo. Às vezes, as pessoas não perceberam que o sucesso é ter clientes, não é ter financiamento”.

Carlos Oliveira faz também um apelo à "responsabilidade social das grandes empresas", que podem encontrar nas startups portuguesas produtos e serviços que lhes "tragam valor". E diz que, neste aspecto, a atenção dada ao empreendedorismo criou um ambiente mais propício para se abram as portas das grandes empresas. "Hoje é muito mais simples. Já não é preciso conhecer um amigo que conhece um amigo. O país ficou totalmente diferente nesta última década".