Funcionário de escola nos Açores detido por alegadamente abusar de alunos
Auxiliar conduzia o autocarro escolar e ganhou a confiança dos alunos e dos pais. Já tinha sido condenado por abusar de jovens há quatro anos. Abusos ocorriam numa casa para onde os rapazes era convidados a fazer jardinagem.
O suspeito de 48 anos já estava, aliás, suspenso de funções depois de a escola básica e secundária, em Velas, na Ilha de São Jorge, lhe ter aberto um processo disciplinar. Desta vez, o alarme partiu da mãe de uma das vítimas. Há cerca de um mês, após estranhar o comportamento do filho decidiu apresentar queixa à polícia.
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O suspeito de 48 anos já estava, aliás, suspenso de funções depois de a escola básica e secundária, em Velas, na Ilha de São Jorge, lhe ter aberto um processo disciplinar. Desta vez, o alarme partiu da mãe de uma das vítimas. Há cerca de um mês, após estranhar o comportamento do filho decidiu apresentar queixa à polícia.
Em causa, estarão dezenas de crimes de abuso sexual relativos a dois rapazes de 10 e de 13 anos. A PJ admite, porém, que o suspeito possa ter abusado de mais estudantes, pelo que a investigação continua para que outras eventuais situações sejam averiguadas.
Os crimes ocorreriam numa casa, naquela ilha do grupo central do arquipélago dos Açores, para onde os jovens eram atraídos a realizarem trabalhos no jardim juntamente com o homem, explicou ao PÚBLICO o coordenador da PJ de Ponta Delgada, João Oliveira.
Funcionário na escola há vários anos, o suspeito terá facilmente cativado a confiança dos alunos e até dos pais, segundo a polícia. O suspeito era, aliás, condutor do autocarro da escola, função que lhe terá providenciado o contexto para se aproximar dos alunos.
O detido está a ser ouvido esta quarta-feira por um juiz de instrução criminal indiciado por abuso sexual de crianças, actos sexuais com adolescentes, detenção de arma proibida e pornografia de menores. As medidas de coação a que ficará sujeito até ao julgamento são ainda desconhecidas.
A investigação revelou ainda que o auxiliar de acção educativa trocava, através do telemóvel, imagens de cariz pornográfico com pelo menos um dos rapazes. Durante as buscas á casa onde ocorriam os abusos, a PJ apreendeu dezenas de munições de armas de fogo proibidas.