A nova marca cultural de Ovar chama-se Festa e quer dinamizar a economia local

Cidade vareira transforma-se num palco a céu aberto e cruza várias artes a 19 de Julho. Manuela Azevedo e Pedro Tochas estão no programa

Foto
Manuela Azevedo, vocalista dos Clã, estará na Festa Fernando Veludo/nfactos

Ovar olhou em volta, colocou os olhos em Paris e no seu Dia da Música, e inspirou-se para inscrever na sua agenda uma iniciativa que pretende, acima de tudo, ser uma celebração da cidade. “Queremos consolidar este evento e afirmá-lo à escala local, regional e até nacional. Temos espectáculos variados para tentar criar o melhor ambiente possível, quase uma simbiose entre a cidade e as actividades performativas”, revela Salvador Malheiro, presidente da Câmara de Ovar, na apresentação da Festa que deverá ter uma regularidade anual por altura das comemorações do Dia do Município, a 25 de Julho.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Ovar olhou em volta, colocou os olhos em Paris e no seu Dia da Música, e inspirou-se para inscrever na sua agenda uma iniciativa que pretende, acima de tudo, ser uma celebração da cidade. “Queremos consolidar este evento e afirmá-lo à escala local, regional e até nacional. Temos espectáculos variados para tentar criar o melhor ambiente possível, quase uma simbiose entre a cidade e as actividades performativas”, revela Salvador Malheiro, presidente da Câmara de Ovar, na apresentação da Festa que deverá ter uma regularidade anual por altura das comemorações do Dia do Município, a 25 de Julho.

“Será uma festa como nunca foi feita cá”, garante o autarca que além da fruição cultural vê mais vantagens na iniciativa. A génese da ideia assenta no objectivo de “dinamizar a economia, de dinamizar o centro da cidade”. “Será uma aposta consolidada ao longo do tempo no que concerne à dinamização da actividade turística”, acrescenta.

A 19 de Julho, várias performances artísticas, de diversas expressões, vestem o centro de Ovar. Manuela Azevedo, vocalista dos Clã, e a Orquestra de Jazz de Matosinhos juntam-se para um concerto que viaja pelos caminhos do cancioneiro norte-americano e que contém propostas surpreendentes para serem escutadas na Praça da República às 23h00. Antes da noite cair, Pedro Tochas instala-se no Largo do Neptuno, pelas 19h30, com Nariz Preto, ou seja, uma “aventura épica”, um espectáculo visual que combina mímica, circo e teatro físico num ambiente de cinema mudo.

O Teatro do Bolhão apresenta Opostos Bem-Dispostos com música e teatro na Praça das Galinhas às 11h00 e 15h00 e João Costa mostra as histórias que as suas marionetas são capazes de criar no Largo de Santo António às 12h00 e 16h00. Há ainda instalações artísticas de Ana Aragão e Dalila Gonçalves inspiradas nos azulejos que são uma imagem de marca de Ovar, além de oficinas de expressão plástica para os mais pequenos escreverem postais aos amigos ou fazerem balões para uma grande festa.

A Festa tem também projectos com a comunidade local que Fátima Alçada, programadora cultural do município, destaca no sentido de mostrar que o evento não é apenas feito com artistas de fora. A coreógrafa Aldara Bizarro criou um espectáculo de raiz com a Companhia Vareira. O trabalho durou duas semanas e a criação, por enquanto no segredo dos deuses, é revelada às 17h00 no jardim do Cáster. Aldara Bizarro não ficou por aqui e também vai pôr as gentes de Ovar a dançar numa espécie de baile contemporâneo inspirado nos bailaricos das aldeias e vilas de Portugal. Um momento a acontecer no jardim do Cáster às 22h00.

A Banda Filarmónica de Ovar e os camaleónicos do folk progressivo Uxu Kalhus juntam-se para reinterpretar o repertório português com chocalhos no Largo do Tribunal às 20h30.  Na música, a Banda Plástica de Barcelos começa a percorrer as ruas da cidade às 10h00, o Real Combo Lisbonense recua às músicas das orquestras dos anos 50 e 60 na Praça das Galinhas às 19h00 e a Kumpania Algazarra deambula pelas ruas quando a noite cair. A partir da meia-noite, quatro DJ vareiros tomam conta da Praça da República para, sem preconceitos musicais, animar a Festa até ao último segundo.