Membro da FIFA suspeito de envolvimento em tráfico de bilhetes

Polícia brasileira desmantelou rede de 11 elementos que está acusada de lavagem de dinheiro e associação criminosa.

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Nacho Doce/Reuters

No total, segundo a imprensa brasileira, serão 11 os elementos desta rede que poderia movimentar mais de 60 milhões de euros durante o torneio. De acordo com o delegado Fábio Barucke, o líder do grupo era o argelino Mohamadou Lamine Fofana, que teria, inclusive, um autocolante oficial da FIFA no vidro do carro que lhe garantia o acesso aos locais dos jogos.

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No total, segundo a imprensa brasileira, serão 11 os elementos desta rede que poderia movimentar mais de 60 milhões de euros durante o torneio. De acordo com o delegado Fábio Barucke, o líder do grupo era o argelino Mohamadou Lamine Fofana, que teria, inclusive, um autocolante oficial da FIFA no vidro do carro que lhe garantia o acesso aos locais dos jogos.

Foi, de resto, esta informação que levantou junto das autoridades a hipótese de haver elementos da FIFA envolvidos no esquema. A pessoa em causa, segundo a polícia, é estrangeiro e está ou estava hospedado no hotel Copacabana Palace, onde está reunida toda a cúpula da FIFA. O organismo que gere o futebol mundial, citado pelo Globoesporte, já fez saber que não foi oficialmente informado de qualquer diligência: "Não estamos em posição de fazer qualquer comentário por enquanto", referiu, em comunicado.

Além de Fofana -  proprietário da Atlanta Sportif International, empresa que organiza jogos particulares e presta consultoria a clubes e jogadores -, houve mais oito detenções no Rio de Janeiro e outras duas em São Paulo. No total, a polícia cumpriu 20 mandados de busca e apreendeu folhas de contabilidade, mais de 100 bilhetes e documentos diversos, além de dinheiro em numerário, tendo contado a operação com escutas telefónicas e filmagens da venda de ingressos.