Equador despede-se do Brasil sem se desmoronar

Sul-americanos conseguiram travar uma França que já pensava nos oitavos-de-final. Mas precisavam de algo mais para seguir em frente

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Fabrice Coffrini/AFP

Com Sagna à direita e Digne à esquerda da defesa, Koscielny no lugar de Varane no eixo, Schneiderlin no meio-campo e Sissoko no tridente ofensivo, Didier Deschamps rodou a equipa no Estádio do Maracanã, já com a Nigéria no pensamento. Apesar das mudanças (Cabayé estava castigado), o meio-campo dava algumas garantias e, em boa parte do jogo, foi comandando as operações. Até porque o Equador nunca abdicou da estratégia habitual: cómodo com a maior posse do adversário, preocupava-se essencialmente com a recuperação rápida da bola e com a saída em velocidade para o contra-ataque.

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Com Sagna à direita e Digne à esquerda da defesa, Koscielny no lugar de Varane no eixo, Schneiderlin no meio-campo e Sissoko no tridente ofensivo, Didier Deschamps rodou a equipa no Estádio do Maracanã, já com a Nigéria no pensamento. Apesar das mudanças (Cabayé estava castigado), o meio-campo dava algumas garantias e, em boa parte do jogo, foi comandando as operações. Até porque o Equador nunca abdicou da estratégia habitual: cómodo com a maior posse do adversário, preocupava-se essencialmente com a recuperação rápida da bola e com a saída em velocidade para o contra-ataque.

Sem Caicedo no onze inicial, a selecção orientada por Reinaldo Rueda optou por deixar Enner Valencia sozinho na frente, com Michael Arroyo nas costas à procura de uma nesga de terreno para lançar o goleador. E se uma ou duas arrancadas ainda chegaram a assustar no primeiro no tempo, foi essencialmente a França que se acercou com mais perigo da baliza contrária. Domínguez, de resto, saiu para o intervalo com uma saída em falso e duas boas defesas no currículo.

Ainda assim, a saída do guarda-redes do Equador não causou tanto prejuízo à equipa como a entrada de Antonio Valencia. O extremo do Manchester United aproveitou o jogo unicamente para confirmar que este não foi o seu Mundial: num lance dividido com Digne, atingiu de forma violenta o tornozelo do adversário e foi tomar banho logo aos 48’, um minuto depois de Sagna ter descido pela direita e cruzado para uma defesa a dois tempos de Domínguez após desvio de Griezman.

Em três minutos, o arranque do segundo tempo já tinha tido mais para contar do que quase todo o primeiro. E, apesar do desequilíbrio numérico, a expulsão de Valencia não esgotou totalmente as possibilidades dos sul-americanos. Comandados por um Christian Noboa indestrutível (resistiu a um choque de cabeça com Matuidi e jogou com uma ligadura durante a maior parte do encontro) na primeira linha do meio-campo, o Equador resistiu a todas as vagas gaulesas, uma atrás da outra.

Aos 58’, foi o próprio Noboa a fazer a defesa da noite, com um carrinho providencial a evitar que a bola se encaminhasse para a baliza. Aos 62’, Matuidi não deu à bola a melhor direcção e, aos 84’, foi Benzema (que por esta altura já contava com a companhia de Olivier Giroud) a desperdiçar uma das últimas ocasiões para resolver a partida. Só que os equatorianos também tiveram uma palavra a dizer: com Enner Valencia endiabrado, houve duas arrancadas fulgurantes a partir do meio-campo. Uma terminou com um pontapé desenquadrado de Noboa, a outra com uma grande defesa de Lloris a remate de Ibarra (que substituíra um esgotado Jefferson Montero).

Estava confirmado. A resiliência dos equatorianos tinha um 0-0 contra a favorita do grupo como prémio de consolação. O bilhete dourado, esse, coube à Suíça. E os sul-americanos vão ter de esperar por outro Campeonato do Mundo para melhorarem o registo da presença nos oitavos-de-final, em 2006, que representa a melhor performance de sempre na competição.

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