Google testa negócio de venda de domínios

Serviço vai competir com empresas como o GoDaddy, a maior do sector, que se prepara para entrar em bolsa.

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O Google tem aumentado o tipo de serviços que disponibiliza Lucy Nicholson/Reuters

O novo serviço permite comprar nomes de domínio (Publico.pt ou Google.com são exemplos de nomes de domínios), que servem de endereços para sites ou emails. Ao vender estes domínios, muitas empresas cobram por extras, como a privacidade dos dados do comprador (sem isto, os dados fornecidos podem ser pesquisados por qualquer pessoa). O Google, no entanto, oferece a funcionalidade de privacidade, bem como endereços de email associados ao domínio.

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O novo serviço permite comprar nomes de domínio (Publico.pt ou Google.com são exemplos de nomes de domínios), que servem de endereços para sites ou emails. Ao vender estes domínios, muitas empresas cobram por extras, como a privacidade dos dados do comprador (sem isto, os dados fornecidos podem ser pesquisados por qualquer pessoa). O Google, no entanto, oferece a funcionalidade de privacidade, bem como endereços de email associados ao domínio.

A multinacional, contudo, optou por ficar de fora de outro tipo de serviços oferecidos pelas empresas do sector, que frequentemente também vendem espaço de alojamento e outras ferramentas necessárias para criar sites. O Google optou por parcerias com serviços como o Squarespace e o Weebly, que disponibilizam ferramentas para a criação simples de sites.

Habitualmente, os preços dos domínios oscilam entre cerca de dez euros anuais (para endereços em .com ou .net, por exemplo) e as várias dezenas de euros (por exemplo, para o .fm, dos Estados Federados da Micronésia e muito usado para sites de rádio ou música). Há ainda um mercado de revendas em que os valores podem ser muito mais elevados: há domínios que atingem dezenas de milhares de euros e, em casos raros, preços de milhões de euros.

O especialista em estratégias de negócio digitais Mark Skilton, professor na Universidade de Warwick, no Reino Unido, argumenta, numa nota enviada ao PÚBLICO, que “o registo de domínios é um serviço lógico para o Google”, ao permitir “integrar verticalmente” várias soluções da empresa, com o objectivo de ir ao encontro da necessidade de um grupo crescente de utilizadores e empresas que têm necessidade de ferramentas e presença online. O Google já disponibiliza, por exemplo, serviços de comunicação e produtividade destinados a clientes empresariais.

Skilton acrescenta que este tipo de integração é uma tendência em empresas, como o Google e a Microsoft, que já têm vários serviços online: “Prevejo que vamos assistir a mais desenvolvimentos como este por parte de grandes empresas de cloud [que oferecem serviços online] que procuram construir mais serviços a partir da infraestrutura digital que têm.”

O registo de domínios pode ser feito por empresas autorizadas pelo ICANN, uma entidade americana que gere este aspecto da Internet e que está em processo de internacionalização, algo que tem vindo a ser reivindicado por alguns países, entre os quais o Brasil e a China. 

O Google Domains surge quando a maior empresa do sector, o GoDaddy, se preparar para entrar em bolsa. No ano passado, de acordo com documentos entregues em Junho ao regulador americano, o GoDaddy teve 1100 milhões de dólares de receitas (810 milhões de euros) e cerca de 200 milhões de dólares de prejuízo.

Os utilizadores interessados em usar o Google Domains podem pedir no site um convite.