O homem, com cerca de 65 anos e com histórico de perturbações mentais, foi detido depois de a GNR ter arrombado a porta da sua residência após duas horas de tentativa de negociações para que o ex-militar se entregasse.

O homem, com cerca de 65 anos e com histórico de perturbações mentais, foi detido depois de a GNR ter arrombado a porta da sua residência após duas horas de tentativa de negociações para que o ex-militar se entregasse.

“Não foi possível que se entregasse de forma muito pacífica, mas não houve violência nem danos”, explicou ao PÚBLICO o comandante do destacamento territorial de Bragança da GNR, tenente-coronel Sá Pires.

O homem sofrerá de stress pós-traumático desde que participou na guerra do Ultramar, como enfermeiro do Exército. Na aldeia é conhecido um historial de algumas perturbações mas não há relatos de violência ou desacatos. “É um bom vizinho e pacífico”, contaram ao PÚBLICO alguns dos habitantes de Refoios, uma aldeia da freguesia de Zoio.

Vendo-o agitado, um familiar contactou o 112 para o homem ser conduzido ao Hospital de Bragança. No entanto, à chegada dos bombeiros recusou ser transportado à capital de distrito. De acordo com o relato de testemunhas, gerou-se alguma discussão e o ex-militar pegou numa caçadeira, tendo disparado dois tiros contra uma parede.

Um deles fez ricochete e atingiu um bombeiro nas costas, que recebeu tratamento no local e acabou transportado ao hospital por precaução, apesar de os ferimentos serem ligeiros, de acordo com o comandante da GNR.

“Tinha comportamentos obsessivos mas era pacífico”, confirmou o tenente-coronel Sá Pires.

No local estiveram 12 elementos da GNR de Bragança, que o conduziram ao hospital depois de o terem imobilizado.