BlackBerry com lucro, mas pouco

A empresa vendeu 2,6 milhões de telemóveis em três meses, uma fatia muito pequena do mercado.

Foto
John S. Chen, satisfeito com os resultados Mark Blinch/Reuters

Já as receitas da empresa, que tinham estado em queda acentuada à medida que os telemóveis da marca foram perdendo quota de mercado, encolheram apenas 1% em relação ao trimestre anterior, totalizando 966 milhões de dólares. A venda de aparelhos representou 39% da facturação, 54% vieram da venda de serviços e 7% correspondem ao negócio do software e a outras pequenas fontes de receita.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Já as receitas da empresa, que tinham estado em queda acentuada à medida que os telemóveis da marca foram perdendo quota de mercado, encolheram apenas 1% em relação ao trimestre anterior, totalizando 966 milhões de dólares. A venda de aparelhos representou 39% da facturação, 54% vieram da venda de serviços e 7% correspondem ao negócio do software e a outras pequenas fontes de receita.

“Isto é, claro, muito o princípio da nossa missão e esperamos ser capazes de apresentar melhores resultados à medida no futuro”, afirmou o presidente da BlackBerry, John S. Chen, na assembleia anual de accionistas. 

Os resultados comunicados, no entanto, estão longe de ser um pé firme em terreno positivo. Ajustando os resultados para excluírem receitas relacionadas com títulos de dívida (uma prática comum nos relatórios financeiros, que permite reflectir melhor o negócio das empresas), a BlackBerry registou um prejuízo de 60 milhões de dólares.

A fabricante canadiana conseguiu também aumentar ligeiramente o número de telemóveis, ao colocar nas mãos de consumidores 1,6 milhões de unidades, mais 300 mil do que no trimestre anterior. Outro milhão de telemóveis foram também vendidos entre Março e Maio, mas tratou-se de escoamento de stock por parte dos retalhistas e os equipamentos já tinham sido incorporados em relatórios anteriores da empresa. 

Os números de vendas dos BlackBerry são minúsculos quando comparados com os das grandes marcas e o presidente já afirmou que pretende concentrar-se em vender serviços e em ter clientes no segmento empresarial. No primeiro trimestre deste ano, de acordo com a empresa de análise IDC, a Samsung colocou no mercado 85 milhões de unidades e a Apple perto de 44 milhões. A BlackBerry teve uma quota de apenas 0,5% do mercado. Há três anos, tinha 13,6%.