Passos visita cemitério francês para homenagear soldados portugueses mortos na I Guerra Mundial

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"Só soubemos praticamente há oito dias que o primeiro-ministro estaria aqui numa visita ao cemitério, não estávamos à espera, foi uma coisa assim de repente e o adido de defesa (militar, na embaixada em Paris) tinha marcado férias para a Grécia, a secretária da embaixada está de férias, portanto, não tenho ninguém que me dê mais informações, só soubemos que ele vem cá", afirmou João Marques, no cemitério localizado no norte de França, que na próxima semana receberá pela primeira vez um chefe do Governo português, depois de em 2004 ter sido visitado pelo então Presidente da República, Jorge Sampaio.

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"Só soubemos praticamente há oito dias que o primeiro-ministro estaria aqui numa visita ao cemitério, não estávamos à espera, foi uma coisa assim de repente e o adido de defesa (militar, na embaixada em Paris) tinha marcado férias para a Grécia, a secretária da embaixada está de férias, portanto, não tenho ninguém que me dê mais informações, só soubemos que ele vem cá", afirmou João Marques, no cemitério localizado no norte de França, que na próxima semana receberá pela primeira vez um chefe do Governo português, depois de em 2004 ter sido visitado pelo então Presidente da República, Jorge Sampaio.

Pedro Passos Coelho deslocar-se-á ao cemitério militar de Richebourg, o único em França, na região de Nord-Pas-de-Calais, para homenagear os militares portugueses mortos na I Guerra Mundial, antes de participar no primeiro dia do Conselho Europeu (a 26 e 27 de Junho), que excecionalmente se realizará em Ypres, no sul da Bélgica, no âmbito das comemorações do centenário daquele conflito, que começou em Julho de 1914.

João Marques, presidente da União Franco-Portuguesa, organização responsável pela divulgação do património militar português na zona de Richebourg e pela ligação com as autoridades francesas, lamenta ter sido avisado "em cima da hora".

"Conseguimos pôr-nos de acordo para mandar fazer uma placa para a visita dele e por aqui neste muro, de maneira que isto foi um pouco assim uma surpresa, mas estamos felizes e acho que os portugueses todos estão honrados por saber que o primeiro-ministro vem cá, agora tenho dúvidas é que vamos ter aqui muita gente, porque de semana as pessoas trabalham", afirmou o português, que vive naquela região há mais de quarenta anos.

João Marques disse que na quinta-feira terá uma reunião com o adido militar em Paris para preparar a cerimónia.

"Estamos à espera de saber se o senhor primeiro-ministro vem só ao cemitério ou se também vai a La Couture, ao monumento português, porque é pena se ele vem aqui e não vai ver o monumento", afirmou, a propósito do monumento de homenagem aos militares portugueses, inaugurado em 1928 e obra do escultor António Teixeira Lopes, situado na vila de La Couture, a poucos quilómetros de distância.

"Espero pelo menos que saibamos na reunião se o senhor primeiro-ministro tem tempo de ir ao monumento; ao nível das autoridades francesas, quando vem um primeiro-ministro, isto é muito complicado, tem de se prevenir muita gente aqui na região, muitas autoridades. Quando tivemos a visita de Jorge Sampaio em 2004 tivemos três reuniões e agora só vamos ter uma", referiu o responsável da União Franco-Portuguesa.

O cemitério militar português de Richebourg, onde estão enterrados 1831 soldados portugueses falecidos durante a I Guerra Mundial, é o único existente em França e foi construído nos anos 20 e 30 do século passado.

A agência Lusa tentou, sem sucesso, contactar o gabinete do primeiro-ministro.