O guarda-redes que defende bolas de ténis a 160km/h

O jogador costa-riquenho foi considerado o melhor guarda-redes da Liga espanhola e estará nos titulares da Costa Rica durante o Mundial no Brasil.

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O dono da baliza do Levante soube ganhar o reconhecimento internacional, muito à custa do seu desempenho no modesto clube valenciano. Os números não enganam: só na última época, o guarda-redes de 27 anos realizou um total de 160 defesas, registando uma percentagem de 80% de sucesso (de acordo com o site oficial da Liga BBVA).

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O dono da baliza do Levante soube ganhar o reconhecimento internacional, muito à custa do seu desempenho no modesto clube valenciano. Os números não enganam: só na última época, o guarda-redes de 27 anos realizou um total de 160 defesas, registando uma percentagem de 80% de sucesso (de acordo com o site oficial da Liga BBVA).

Navas começou a sua carreira num clube pequeno da Costa Rica, o Saprissa — onde ganhou vários títulos nacionais. Em 2009, o jogador foi nomeado como o melhor guarda-redes da Gold Cup, uma distinção que lhe valeu uma transferência para a Europa, ainda que para o modesto Albacete. Atento ao desempenho do guarda-redes, o Levante apostou nele. No entanto, a afirmação de Keylor Navas não foi imediata e o guarda-redes teve que esperar duas temporadas e a saída de Gustavo Munua do Levante para os italianos da Fiorentina até ser eleito o titular do clube.

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A espera, contudo, valeu a pena, e, em 2013-14, Navas mostrou todas as suas qualidades, conseguindo não sofrer golos em 15 partidas da Liga espanhola: isto num clube que terminou em 10.º lugar.

Tudo isto já despertou a cobiça de emblemas de outra dimensão e um dos que se fala é, precisamente, o Atlético de Madrid, em risco de ver Courtois sair.

A última esperança da Costa Rica para manter invioladas as redes da sua baliza neste Mundial não se mostra nervoso com essa responsabilidade. Foi o próprio Navas quem o disse, no mês passado, quando questionado sobre o facto de, provavelmente, ir ter muito trabalho no Brasil, já que a Costa Rica calhou num grupo com três antigos campeões mundiais (Inglaterra, Itália e Uruguai) e em que surge como o elo mais fraco: “Jogo numa Liga muito competitiva e contra alguns dos melhores do mundo. Por isso deixei de me sentir nervoso ao cruzar-me com nomes de grande reconhecimento. É um desafio jogar contra os melhores.”

Texto editado por Jorge Miguel Matias