A cidade do futuro é Made in China e sabe nadar

E se houvesse uma cidade a flutuar no meio do mar? Uma cidade auto-suficiente, amiga do ambiente, que não desperdiçasse recursos e territórios e onde todos teriam emprego, educação e um estilo de vida saudável? A China quer tornar esta cidade real

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Só numa década, a China prepara-se para receber mais de 350 milhões de cidadãos nas cidades. Como criar espaço para tanta gente, se o território disponível já escassa? A firma chinesa de construção CCCC e o gabinete AT Design Office conceberam uma cidade flutuante, para alojar as pessoas que a terra já não pode acolher.

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Só numa década, a China prepara-se para receber mais de 350 milhões de cidadãos nas cidades. Como criar espaço para tanta gente, se o território disponível já escassa? A firma chinesa de construção CCCC e o gabinete AT Design Office conceberam uma cidade flutuante, para alojar as pessoas que a terra já não pode acolher.

Uma cidade flutuante de cerca de dez quilómetros quadrados que se prepara para revolucionar as urbanizações e o modo de vida do século XXI. Uma cidade que oferece habitação, emprego e educação, espaços de lazer e ao ar livre para qualquer habitante.

A futurista ilha vai ser auto-suficiente, ao utilizar recursos como as marés e o lixo para produzir energia. Além disso, vai estar preparada para anular completamente a poluição do ar, uma vez que os transportes, internos e externos, serão feitos em submarinos e outros veículos eléctricos. Túneis debaixo de água, para caminhar ou passear em carros eléctricos, vão interligar os edifícios.

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A cidade flutuante vai ter consciência ambiental e um sistema energeticamente sustentável

Ao mesmo ritmo a que o desgelo e o aquecimento global vão fazendo subir o nível dos oceanos, também esta cidade os vai acompanhar, evitando a submersão. É o optimismo que move a equipa a criar um ambiente sustentável para o ser humano sobreviver se a vida nos espaços terrestres vier a ser posta em causa.

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As estruturas submarinas vão permitir o contacto continuo com flora e fauna marinhas

Apesar de parecer saída de um qualquer filme de ficção científica do futuro, a versão piloto à escala e os testes de viabilidade das infra-estruturas vão ser iniciados em 2015.

Texto editado por Luís Octávio Costa