Ordem pede aos médicos que passem receitas à mão

Ordem dos Médicos diz que sistema informático está a criar "consectuivas dificuldades".

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Para o Sindicato Independente dos Médicos a greve continua de pé Foto: PÚBLICO

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Esta era uma das medidas que a Secção Regional da Ordem dos Médicos tinha adiantado que ia propor como forma de protesto contra  a actuação do Ministério da Saúde, que nos últimos tempos tem sido alvo de violenta contestação, agudizada depois de ser conhecida a proposta de criação de um código de ética para o sector, que os críticos apelidam de "lei da rolha".

“Não é possível continuar a tolerar e há meses que alertamos o Ministério da Saúde, que não se preocupa com as dificuldades dos médicos”, justificou o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, numa conferência de imprensa em que apresentou uma série de reivindicações para o sector, as quais terão o acordo deste organismo e também dos sindicatos médicos.

Esta tomada de posição da Ordem dos Médicos foi anunciada após vários meses de denúncias de dificuldades com a aplicação da Prescrição Electrónica de Medicamentos (PEM) que estarão a dificultar o trabalho dos clínicos na prescrição de medicamentos e meios de diagnóstico e terapêutica.

A Ordem exige “a suspensão por tempo indeterminado da utilização dos programas informáticos ineficazes, nomeadamente a PEM, reivindicando a imediata reposição do módulo de prescrição anterior, o SAM [Sistema de Apoio ao Médico], em todos os locais em que foi cortado e em que os médicos o solicitem, recorrendo à prescrição manual, conforme definido na lei para as situações de falência informática”.

Questionado sobre a existência de receitas manuais em número suficiente para assegurarem o trabalho dos médicos, José Manuel Silva foi peremptório: “Tem que haver. Se não houver seria o Ministério da Saúde a boicotar o trabalho dos médicos”.

Nesta conferência de imprensa, o bastonário apresentou um “memorando” com 13 conjuntos de exigências, algumas para aplicação imediata, como o regresso às receitas manuais, e outras, para as quais o Ministério da Saúde ainda terá algum tempo para responder. As queixas dos médicos juntaram Ordem e sindicatos, que solicitaram ao ministro da Saúde uma reunião urgente. com Lusa