Associação que gere domínio .pt quer atingir um milhão de endereços até 2016

Foram feitos 83 mil registos em 2013. Este ano arrancou com um crescimento ligeiro.

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Luisa Gueifão, directora da associação, afasta cenário de redução de preços dos registos José Maria Ferreira

Ao todo, foram já registados, desde 1991, cerca de 635 mil endereços, embora muitos tenham sido abandonados. No ano passado, foram criados 83 mil novos. O melhor ano de sempre foi 2012, com a criação de 113 mil endereços. Mas aquele foi um ano atípico, graças à abolição das regras apertadas para o registo em .pt, que passou a poder ser feito por qualquer pessoa e com muito poucas limitações.

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Ao todo, foram já registados, desde 1991, cerca de 635 mil endereços, embora muitos tenham sido abandonados. No ano passado, foram criados 83 mil novos. O melhor ano de sempre foi 2012, com a criação de 113 mil endereços. Mas aquele foi um ano atípico, graças à abolição das regras apertadas para o registo em .pt, que passou a poder ser feito por qualquer pessoa e com muito poucas limitações.

Os primeiros quatro meses deste ano mostram um crescimento face ao ano passado, mas ligeiro: foram registados 32 mil endereços entre Janeiro e Abril, uma subida de apenas 2% face ao mesmo período de 2013.

Os números mostram também que está a crescer o número de empresas criadas no serviço Empresa na Hora, que recebem um endereço .pt grátis no primeiro ano, bem como ferramentas e espaço num servidor para poderem criar o respectivo site. Foram, em média, 3254 registos por mês até Abril deste ano, acima da média de 2744 registos mensais ao longo do ano passado. Muitas destas empresas, porém, acabam por não usar o endereço atribuído, porque este corresponde à designação da firma, que é obrigatoriamente escolhida a partir de uma lista de nomes disponibilizada pelo Empresa na Hora.

Já os utilizadores individuais representam uma minoria dos registos – apenas 5%, tanto no ano passado como nos primeiros quatro meses deste ano. O resto dos endereços é criado por pessoas colectivas, que podem ser empresas, mas também associações ou fundações, por exemplo.

Em 2013, o Dns.pt, que não tem fins lucrativos, facturou aproximadamente dois milhões de euros, adianta Luisa Gueifão. A associação reúne agentes de registo (as empresas que vendem o serviço de criação de um endereço), bem como a Fundação para a Ciência e a Tecnologia, a Deco e a Associação do Comércio e Publicidade Interactiva. Foi a solução encontrada depois do impasse que se seguiu à decisão do Governo de extinguir a Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN), que se encarregava desta tarefa e que geria também a infra-estrutura de rede das universidades. O DNS.pt, para além de receber uma comissão dos agentes de registo por cada domínio criado, permite também a qualquer utilizador o registo directo.

Cada endereço em .pt custa 22 euros anuais, 45 por um período de três anos ou 65 euros por cinco anos. É ainda possível registar em org.pt ou com.pt, que são mais baratos, mas muito menos populares. Ainda nos tempos da FCCN, tinha sido avançada a possibilidade de redução dos preços, caso o volume de registos aumentasse. Mas Luisa Gueifão afasta esse cenário, argumentando que para quem quer um endereço “o preço já não é um tema”.