Número de inscritos em centros de emprego cai 8,3% em Abril

Apesar desta redução, continua a crescer o número de desempregados de longa duração.

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Ofertas de emprego aumentaram, mas continuam aquém do número de inscritos NUNO ALEXANDRE MENDES

A queda foi transversal a jovens e adultos, que protagonizaram reduções de 5,3% e de 8,7%, respectivamente. No entanto, os dados mostram que, apesar de o número de inscritos há menos de um ano ter caído em Abril, os desempregados de longa duração apresentam uma tendência inversa, tendo aumentado 2,6% neste período.

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A queda foi transversal a jovens e adultos, que protagonizaram reduções de 5,3% e de 8,7%, respectivamente. No entanto, os dados mostram que, apesar de o número de inscritos há menos de um ano ter caído em Abril, os desempregados de longa duração apresentam uma tendência inversa, tendo aumentado 2,6% neste período.

Em termos geográficos, Algarve e Alentejo tiveram as reduções mais acentuadas (acima de 13%), apesar de ter havido uma diminuição do número de inscritos em todas as regiões.

Dos cerca de 570 mil desempregados que, no final do mês passado, estavam registados nos centros do Continente como candidatos a novo emprego, 64,2% tinham trabalhado anteriormente no sector dos serviços, com destaque para as actividades imobiliárias, administrativas e de apoio. Seguia-se a indústria (31,6%) e, mais distante, a agricultura (3,5%), revela o IEFP.

Em Abril, apenas as actividades imobiliárias, administrativas e de apoio registaram uma subida no número de inscritos, na ordem de 1,8%. Pelo contrário, foi nos têxteis e na indústria do vestuário que se assistiu a maiores quedas, de 20% e de 18%, respectivamente.

Ofertas de emprego sobem 21,5%
Ao longo do mês, o IEFP recebeu 14.123 novas ofertas de emprego, o que representou um acréscimo de 21,5% face ao mesmo período de 2013. Ainda assim, este valor ficou muito aquém do número de novos inscritos em Abril: 52.611 pessoas.

Os dados relativos aos centros de emprego do Continente mostram que uma fatia importante das ofertas de emprego vem do único sector que registou uma subida no número de desempregados inscritos: o das actividades imobiliárias, administrativas e serviços de apoio, com 18% do total. Seguem-se o alojamento e restauração (14,3%) e o comércio por grosso e a retalho (12,5%).

Em Abril, o IEFP colocou 9458 pessoas em empregos, o que significou um aumento de 27,5% face ao mesmo mês do ano anterior. Dos desempregados que conseguiram trabalho, 24,2% eram profissionais não qualificados e 20,1% eram trabalhadores dos serviços pessoais, de protecção e segurança e vendedores.