Requalificação do Cais do Pinhão pretende aumentar navegabilidade do Douro

Requalificação do cais inicia obras de desenvolvimento das potencialidades de navegabilidade do Douro

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Duplicar a capacidade de acostagem de barcos até 80 metros (barcos de média dimensão) e requalificar as margens do rio Pinhão são os dois grandes objectivos do contracto que foi hoje assinado entre o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) e a empresa Manuel Couto Alves.

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Duplicar a capacidade de acostagem de barcos até 80 metros (barcos de média dimensão) e requalificar as margens do rio Pinhão são os dois grandes objectivos do contracto que foi hoje assinado entre o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) e a empresa Manuel Couto Alves.

Para o Presidente do IMT, João Carvalho, “sendo o Douro a única via navegável da Península Ibérica é extremamente importante avançar com estes investimentos para haver mais navegação, quer de passageiros quer de carga”, explica.

Segundo o Secretário de Estado das Infra-Estruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Silva Monteiro, “o Douro tem vários problemas de navegabilidade, o que limita a expansão da economia do rio à sua máxima capacidade”, explica.

Para tentar responder aos apelos das regiões que têm encontrado dificuldades do ponto de vista de navegabilidade, foi também discutida a possibilidade usar o rio Douro como canal de transporte de  minério para apostar na economia mineira de Moncorvo.

Com vista à melhoria da navegabilidade no Douro, o cais da Régua, do Pocinho, de Lamego e de Barca d’Alva são outras das infra-estruturas que serão requalificadas com o apoio da CCDRN.

Com um investimento um pouco superior a um milhão de euros, a obra de cais do Pinhão tem um co-financiamento de 897.049 euros do Programa Operacional Regional do Norte e a conclusão está prevista para daqui a meio ano.

Segundo Emídio Gomes, presidente da CCDRN, a requalificação do cais “é muito importante para o desenvolvimento turístico do Douro que está com um crescimento muito alto”. Estes investimentos terão “um grande impacto local, pois permitem que mais barcos atranquem no cais, haja mais pessoas a visitarem aquela região e se estimule mais actividade económica”, adianta Sérgio Silva Monteiro.

Segundo Emídio Gomes, estão agora a “discutir com algumas quintas privadas e o Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos a possibilidade de pequenos cais da acostagem serem apoiados porque, apesar de serem pequenas obras, dinamizam muito a micro-economia local da região”. 

Com a ambição de potenciar os recursos do Douro, o secretário de Estado das Infra-Estruturas garante: “O que nós gostávamos mesmo era de criar condições para que o Douro fosse navegável em período diurno e nocturno e tentar chegar, num cenário ideal, à sua navegabilidade em 10 meses do ano”.