Meia hora de brindes e de desnorte confirmam má época do FC Porto

Uma exibição para esquecer nos primeiros 30 minutos hipotecou qualquer hipótese de os “dragões” continuarem na luta por mais uma conquista europeia. Com uma vitória por 4-1, o Sevilha segue em frente.

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O desalento dos portistas no final da partida Marcelo del Pozo/Reuters

A arbitragem de Gianluca Rocchi deixou os portistas com motivos de queixas, mas uma equipa que oferece tantas dádivas defensivas, demonstra total incapacidade ofensiva e sofre golos em superioridade numérica apenas se pode lamentar de si própria.

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A arbitragem de Gianluca Rocchi deixou os portistas com motivos de queixas, mas uma equipa que oferece tantas dádivas defensivas, demonstra total incapacidade ofensiva e sofre golos em superioridade numérica apenas se pode lamentar de si própria.

Na antevisão do jogo, Luís Castro tinha avisado que este Sevilha tinha “uma qualidade enorme”, mas a presença dos andaluzes nas meias-finais da Liga Europa deve-se, acima de tudo, a muito demérito “azul e branco”.

Sem Fernando e Jackson, o treinador não surpreendeu: Defour jogou a “6”, Ghilas a “9”. Nem o belga, nem o argelino camuflaram as ausências dos dois pesos-pesados, mas os problemas do FC Porto foram muito mais profundos.

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Contrariando as boas indicações das partidas anteriores, Reyes voltou a mostrar estar “verde” para estas andanças (falhou no primeiro e no terceiro golo do Sevilha), Danilo confirmou que precisa urgentemente de férias e Carlos Eduardo foi uma nulidade enquanto esteve em campo. Para uma equipa com as ambições do FC Porto, ter Mangala e Quaresma não chega.

Em Nápoles, na ronda anterior, o FC Porto tinha sobrevivido a uma má primeira parte com danos reduzidos (um golo sofrido), em Sevilha a má entrada portista provocou estragos irreparáveis. Aos 4’, após uma asneira de Reyes, Bacca obrigou Fabiano a aplicar-se e, na sequência da jogada, o colombiano deixou-se cair após um toque de Danilo. Por indicação do árbitro auxiliar, Rocchi marcou penálti e Rakitic empatou a eliminatória.

Sem ninguém que assumisse a responsabilidade no meio-campo (Carlos Eduardo escondeu-se sempre), o FC Porto continuou a ser pressionado e o Sevilha deu o golpe de misericórdia no “dragão”: aos 26’, erro de Danilo, golo de Vitolo; aos 29’, falha de Reyes, Bacca fez 3-0. A história da eliminatória estava escrita.

Na segunda parte, com Quintero em campo (Luís Castro desperdiçou 45 minutos com Carlos Eduardo), o FC Porto foi melhor. Quaresma acertou nos ferros duas vezes (52’ e 76’) e Beto fez uma grande defesa a remate de Herrera (55’). Mas seria o Sevilha, reduzido a 10 (Coke foi expulso aos 54’) a voltar a marcar, aos 79’, por Kevin Gameiro.

Já em período de descontos, Quaresma (quem mais?), fez o golo que merecia. Mas o FC Porto, só tem um Ricardo Quaresma.