UE aplica multa de 300 milhões a produtores de cabos eléctricos

Empresas europeias, japonesas e coreanas combinavam preços em projectos de infra-estruturas e energias renováveis.

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Parques eólicos fornecerem 27% da electricidade espanhola em Janeiro Paul Hanna/Reuters

Neste processo estão envolvidos a maioria dos principais produtores de cabos eléctricos de alta tensão, como a ABB, Nexans, Prysmian (antiga Pirelli), J-Power Systems (antigas Sumitomo Electric e Hitachi Metals), VISCAS (ex-Furukawa Electric e Fujikura), EXSYM (antigamente SWCC Showa e Mitsubishi Cable), Brugg, NKT, Silec (ex-Safran), LS Cable e Taihan, revelou esta quarta-feira o comissário europeu para a Concorrência, Joaquim Almunia, em conferência de imprensa.

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Neste processo estão envolvidos a maioria dos principais produtores de cabos eléctricos de alta tensão, como a ABB, Nexans, Prysmian (antiga Pirelli), J-Power Systems (antigas Sumitomo Electric e Hitachi Metals), VISCAS (ex-Furukawa Electric e Fujikura), EXSYM (antigamente SWCC Showa e Mitsubishi Cable), Brugg, NKT, Silec (ex-Safran), LS Cable e Taihan, revelou esta quarta-feira o comissário europeu para a Concorrência, Joaquim Almunia, em conferência de imprensa.

O processo envolve também o banco norte-americano Goldman Sachs, antigo proprietário da Prysmian, que estava envolvido na gestão da empresa.

“A partir de 1999, e durante mais de dez anos, estas sociedades partilharam mercados e repartiram clientes a uma escala quase mundial”, disse o comissário, citado pela AFP.

Uma parte do esquema montado pelos seis produtores europeus, três japoneses e dois coreanos consistia em repartir projectos no espaço económico europeu (EEE), em áreas como as infra-estruturas e energias renováveis, como os parques eólicos ou de energia das ondas.

As empresas trocavam informação entre elas para garantir que o fornecedor acordado entre todos apresentava as propostas de preço mais baixas, de modo a conseguir a empreitada.

“As empresas sabiam bem que o que estavam a fazer era ilegal, por isso actuaram no maior secretismo”, disse Almunia, revelando que a multa mais pesada foi aplicada à Prysmian, 104 milhões de euros.

Já a suíça ABB conseguiu imunidade total, pois foi a primeira a denunciar o esquema.