A operação da PSP decorreu depois de seis meses de investigações após recebidas as primeiras queixas feitas por idosos entre os 60 e 91 anos. “Cremos que tenham existido mais furtos, mas as vítimas não fizeram as denúncias”, afirma António Resende da Silva, porta-voz da PSP, numa conferência de imprensa realizada nesta terça-feira.

A operação da PSP decorreu depois de seis meses de investigações após recebidas as primeiras queixas feitas por idosos entre os 60 e 91 anos. “Cremos que tenham existido mais furtos, mas as vítimas não fizeram as denúncias”, afirma António Resende da Silva, porta-voz da PSP, numa conferência de imprensa realizada nesta terça-feira.

O material roubado foi apreendido em três residências. Na Apelação, em Loures, em Portalegre e na Margem Sul. O casal tinha em sua posse anéis, colares, pendentes, brincos e pulseiras de ouro que roubava através de burla ou empurrão à porta das casas das vítimas. A abordagem habitual era persuadirem a vítima a trocar um relógio aparentemente valioso por ouro. Quando o idoso se recusava, procediam a actos agressivos, puxando bruscamente o ouro que as vítimas mostravam.

Nem todo o ouro apreendido corresponde ao roubado o que leva a PSP a suspeitar que muito já tinha sido vendido. Um carro de alta cilindrada, que os burlões usavam para ganhar a confiança das vítimas, e outros dois veículos foram comprados com o resultado das várias burlas. Estes também foram apreendidos pela polícia.

A PSP apelou na conferência de imprensa a que aqueles que foram vítimas neste caso e que ainda não apresentaram queixa, o façam. “Não tenham vergonha nem receio”, frisa o porta-voz. Relembrou também que não se deve confiar bens a desconhecidos, mesmo quando aparentam uma boa imagem e sejam simpáticos. "O casal manipulava as vítimas porque era comunicativo, bem falante. Uma das características dos burlões", acrescenta, por fim.

Os detidos, ambos com antecedentes criminais, foram nesta terça-feira presentes no tribunal de Loures e aguardam a aplicação de medidas de coacção.