Anand vai poder tentar desforrar-se de Carlsen

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Henning Kaiser/AFP

O indiano foi o único a terminar invicto tendo sido suficientes três vitórias, nas 14 jornadas da prova, para um triunfo que já matematicamente estava garantido a uma jornada do fim, e apenas tendo estado em dificuldades na penúltima partida frente ao russo Sergei Karjakin, que teve uma prova em crescendo, mas que acordou tarde de mais.

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O indiano foi o único a terminar invicto tendo sido suficientes três vitórias, nas 14 jornadas da prova, para um triunfo que já matematicamente estava garantido a uma jornada do fim, e apenas tendo estado em dificuldades na penúltima partida frente ao russo Sergei Karjakin, que teve uma prova em crescendo, mas que acordou tarde de mais.

O jovem acabaria mesmo por alcançar a segunda posição, ultrapassando Levon Aronian na derradeira ronda, ao derrotá-lo no confronto directo. Um final lamentável para o arménio, considerado o grande favorito, que até conseguiu o mesmo número de vitórias que Anand, mas que perdeu os dois últimos duelos e registou um total de quatro derrotas, o que para um jogador que perde 4 a 5 partidas por época foi totalmente inesperado e revelador da fragilidade psicológica que o afectou nos momentos de maior tensão.

Outro dos favoritos era Vladimir Kramnik, o antecessor de Anand no trono, mas o russo esteve longe da qualidade de outros tempos, não tendo conseguido a superioridade na fase de abertura que no passado lhe valeu tantas vitórias.

Afastado da corrida numa fase ainda precoce da prova, na segunda volta Kramnik apenas surgiu ao seu melhor nível, quando defrontou o seu arqui-inimigo, o búlgaro Veselin Topalov – são os únicos jogadores do circuito que nem sequer se cumprimentam - guardando todas as energias para conseguir a vingança da derrota sofrida na primeira volta.

Kramnik acabaria na terceira posição em igualdade pontual com Mamediarov e o seu compatriota Andreikin, tendo como pequena compensação o último lugar de Topalov, com menos meio ponto (6) que Aronian e Svidler.