Canetas de adrenalina esgotadas voltam às farmácias

Associação avisou que "ruptura total do stock de canetas de adrenalina a nível nacional põe vidas em risco".

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Esta autorização de importação para utilização especial foi divulgada depois de a Associação Portuguesa de Alergias e Intolerâncias Alimentares (Alimenta) ter avisado que a “ruptura total de stock de canetas de adrenalina a nível nacional põe vidas em risco”. O distribuidor exclusivo destes dispositivos que são usados em caso de reacção alérgica grave "confirma que o stock da única caneta de adrenalina vendida em Portugal (Anapen) está esgotado" e que a previsão de regularização do stock é de "duas semanas", alertou a associação em comunicado divulgado esta quarta-feira.

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Esta autorização de importação para utilização especial foi divulgada depois de a Associação Portuguesa de Alergias e Intolerâncias Alimentares (Alimenta) ter avisado que a “ruptura total de stock de canetas de adrenalina a nível nacional põe vidas em risco”. O distribuidor exclusivo destes dispositivos que são usados em caso de reacção alérgica grave "confirma que o stock da única caneta de adrenalina vendida em Portugal (Anapen) está esgotado" e que a previsão de regularização do stock é de "duas semanas", alertou a associação em comunicado divulgado esta quarta-feira.

“Esta situação não é aceitável dada a dependência deste fármaco para a sobrevivência de crianças, jovens e adultos com alergias alimentares”, critica a direcção da Alimenta, que lembra que, para quem sofre deste problema, “a caneta de adrenalina pode ser a diferença entre sobreviver ou não a um choque anafiláctico”.

Em 3 de Março, o Infarmed adiantava que havia um stock de emergência assegurado pelo distribuidor e reconhecia a necessidade de avaliar a possibilidade de conceder uma autorização de importação para utilização especial. “Até agora, nada foi operacionalizado”, lamenta a associação.

O Infarmed explica agora que autorizou a importação a título excepcional destes medicamentos rotulados em língua francesa (e acompanhados de folheto informativo em português) para “minimizar o impacto da falta de acesso” a estes fármacos que “não dispõem de alternativa terapêutica no mercado”.

A autoridade do medicamento acrescenta que as canetas de adrenalina continuam a ser comparticipadas pelo Estado em 37%.