Governo estuda fusão entre a Refer e a Estradas de Portugal

Consolidação entre as duas empresas criaria entidade com maior capacidade de obter financiamento para novos projectos de infra-estruturas estratégicas.

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Ex-Estradas de Portugal era a responsável pela estrada onde se encontrava a tampa de saneamento que provocou o acidente Enric Vives-Rubio (Arquivo)

A fusão entre as duas empresas poderá “reforçar o seu músculo financeiro numa altura em que o Governo quer avançar com um ambicioso plano de investimentos” e em que a ferrovia “passou a ser a grande prioridade dos fundos comunitários”, escreve o Diário Económico (DE).

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A fusão entre as duas empresas poderá “reforçar o seu músculo financeiro numa altura em que o Governo quer avançar com um ambicioso plano de investimentos” e em que a ferrovia “passou a ser a grande prioridade dos fundos comunitários”, escreve o Diário Económico (DE).

A combinação entre a gestora das redes ferroviárias e da rede rodoviária criaria uma empresa com cerca de quatro mil funcionárias e introduziria uma “nova abordagem que se baseia numa visão integrada dessas infra-estruturas”.

O DE recorda que em 2013 a EP teve um lucro de 15 milhões de euros, face a 37 milhões em 2012. A empresa tem activos na ordem dos 19.000 milhões de euros e um passivo de 18.000 milhões.

Já a Refer tinha, em 2012, último ano para o qual existem dados disponíveis, um activo total de 4600 milhões de euros e um passivo total de 6400 milhões, ou seja, tinha capitais próprios negativos. No conjunto, as duas empresas apresentam um passivo de 24.400 milhões de euros.