FC Porto eficaz reduziu a quase nada as ameaças do Nápoles

Os italianos estiveram por cima na primeira parte, mas a reacção dos “dragões” no segundo tempo valeu-lhes o apuramento para os quartos-de-final.

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Foto: Carlo Hermann/AFP

Não foi surpresa para ninguém ver o Nápoles meter a quinta velocidade logo nos primeiros minutos de jogo. Com Insigne de um lado e Mertens do outro, havia rapidez nas alas, diagonais constantes e muitas trocas de posições, especialmente com Higuaín a confundir as marcações dos centrais. A primeira ameaça saiu dos pés de Mertens, aos 2’, a primeira defesa de Fabiano aconteceria quatro minutos mais tarde.

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Não foi surpresa para ninguém ver o Nápoles meter a quinta velocidade logo nos primeiros minutos de jogo. Com Insigne de um lado e Mertens do outro, havia rapidez nas alas, diagonais constantes e muitas trocas de posições, especialmente com Higuaín a confundir as marcações dos centrais. A primeira ameaça saiu dos pés de Mertens, aos 2’, a primeira defesa de Fabiano aconteceria quatro minutos mais tarde.

O ímpeto inicial dos italianos dava pouco tempo ao FC Porto para sair em ataque organizado, até porque Defour e Carlos Eduardo estavam mais ocupados a fechar espaços do que propriamente a criar linhas de passe na primeira fase de construção. Ao quarto de hora de jogo, os avisos do Nápoles tornaram-se mais sérios. Mertens, um belga de vastos recursos técnicos, amorteceu de cabeça para um remate cruzado de Henrique (central convertido em lateral-direito, no lugar de Réveillère) um pouco ao lado do poste. Aos 16’, Insigne surgiu sozinho nas costas da defesa mas atirou para as mãos de Fabiano. Aos 17’, Higuaín desmarcou-se na área mas falhou o controlo da bola.

O Nápoles carregava, o FC Porto sobrevivia. Até que uma perda de bola a meio-campo, aos 21’, permitiu uma saída rápida dos italianos para o ataque: Higuaín galgou terreno, travou, esperou que Pandev se desmarcasse nas costas de Reyes e Mangala e endossou-lhe a bola. Instintivo, o experiente macedónio picou por cima de Fabiano. Eliminatória empatada.

Quem viu a primeira parte do jogo no Estádio do Dragão terá ficado com a sensação de estar a assistir a um duelo totalmente diferente no San Paolo. O Nápoles autoritário, como costuma ser a jogar em casa, o FC Porto mais retraído, atarefado q.b. a tentar evitar o pior. E Fabiano bem contribuiu para esse estado de coisas, primeiro com uma defesa oportuna à recarga de Mertens após um livre directo de Insigne, aos 31’; depois com uma mancha enorme a um cabeceamento do pequeno extremo italiano (1,63m), já no arranque da segunda parte (50’). Pelo meio, a excepção à regra foi um cabeceamento de Jackson que ainda tocou no poste da baliza.

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O melhor dos “dragões”, porém, estava reservado para o segundo tempo, ainda que, após o intervalo, o Nápoles tenha voltado a pegar nas rédeas. Aos 59’, a defesa do FC Porto foi apanhada desprevenida, Higuaín recebeu e atirou para grande defesa de Fabiano. O argentino não sabia, mas, naquele lance, tinha acabado de hipotecar a eliminatória para os italianos.

É que, a partir dos 60’, o sentido do jogo mudou. Luís Castro refrescou o meio-campo com a entrada de Josué (Carlos Eduardo esteve muito apagado) e o ataque com Ghilas (saiu Varela), dando mais peso ao eixo ofensivo. Respondeu Rafa Benítez trocando Pandev por Hamsik, mas a substituição mais eficaz já estava feita: Jackson iniciou uma jogada no meio-campo, Fernando aproveitou para desmarcar Ghilas e o argelino, à entrada da área, atirou de pé esquerdo para o empate.

O San Paolo gelava, o FC Porto tornava-se mais atrevido. Defour acertou no poste ao 72’, quatro minutos antes de Quaresma assinar o momento da noite: recebeu na área, driblou entre dois adversários e atirou de pé esquerdo com colocação e potência q.b. A ambição europeia do Nápoles ruía como um baralho de cartas.

Os italianos, de orgulho ferido, ainda ripostaram. Fabiano, felino, roubou a bola dos pés de Insigne aos 85’, mas já não conseguiria evitar o empate, quando Zapata (que rendeu Higuaín) rematou já na pequena área, após passe da direita, aos 91’. Mas por essa altura já estava encontrado o vencedor da eliminatória. O sonho do FC Porto continua intacto.