Ron Dennis rejeita "um ex-director de equipa" como sucessor de Ecclestone

O director executivo da McLaren teme um “conflito de interesses” se a gestão da modalidade for entregue a um responsável de uma escuderia.

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Foto: Jean-Loup Gautreau

O nome de Christian Horner, director da campeã Red Bull, tem andado no ar desde que a queda de Ecclestone começou a desenhar-se. O também britânico, de 40 anos, é tido como próximo do actual patrão da F1 e tem sido encarado como uma possibilidade para a sucessão, apesar de ambos terem afastado essa hipótese quando confrontados com o tema. O líder da Ferrari, Luca di Montezemolo, desvalorizou esse cenário, considerando-o uma brincadeira, e Ron Dennis também torceu o nariz.

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O nome de Christian Horner, director da campeã Red Bull, tem andado no ar desde que a queda de Ecclestone começou a desenhar-se. O também britânico, de 40 anos, é tido como próximo do actual patrão da F1 e tem sido encarado como uma possibilidade para a sucessão, apesar de ambos terem afastado essa hipótese quando confrontados com o tema. O líder da Ferrari, Luca di Montezemolo, desvalorizou esse cenário, considerando-o uma brincadeira, e Ron Dennis também torceu o nariz.

“Pessoalmente, não tenho nada contra o Christian ou contra qualquer outro director de uma equipa. Só não creio que seja sensato colocar um ex-director de equipa na gestão da Fórmula 1. Há demasiados conflitos”, aponta o homem forte da McLaren. “A modalidade tem já maturidade suficiente para lidar com um homem de negócios competente que tenha de aprender sobre a F1, em vez de alguém que tenha de aprender a gerir a F1”, acrescentou.

A Fórmula 1 tem um modelo de negócio único, em que o detentor dos direitos (a Formula One Management) recebe uma verba dos circuitos, dos negócios televisivos e dos patrocinadores, num volume de receitas que ronda 1,1 mil milhões de euros.

Uma área muito apetecível, cuja gestão deixou Ecclestone no olho do furacão: em Janeiro, um tribunal de Munique decidiu levar o magnata britânico a julgamento, sob a acusação de suborno ao banqueiro Gerhard Gribkowsky, em 2006, com o suposto objectivo de poder escolher um comprador do seu interesse para os direitos comerciais da modalidade, beneficiando o fundo de investimentos CVC Capital Partners.