Ministério Público investiga denúncia de tortura na PJ

As supostas agressões foram testemunhadas pelo procurador do MP titular do processo, que não gostou da actuação da polícia.

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“Durante as buscas, foram feitas detenções e quando os detidos já estavam algemados, operacionais da PJ ameaçaram-nos com armas de fogo e agrediram-nos para forçarem a confissão de crimes”, adiantou a mesma fonte. As supostas agressões foram testemunhadas pelo procurador do MP titular do processo, que não gostou da actuação da polícia e participou o caso à Procuradora Distrital do Porto.

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“Durante as buscas, foram feitas detenções e quando os detidos já estavam algemados, operacionais da PJ ameaçaram-nos com armas de fogo e agrediram-nos para forçarem a confissão de crimes”, adiantou a mesma fonte. As supostas agressões foram testemunhadas pelo procurador do MP titular do processo, que não gostou da actuação da polícia e participou o caso à Procuradora Distrital do Porto.

Em declarações à Lusa, a Procuradoria-Geral da República confirma que no dia 24 de Janeiro foi instaurado pelo MP “um inquérito em que se investigam factos praticados por elementos da Polícia Judiciária que poderão, eventualmente, constituir ilícito criminal”. Este órgão dirigido pela magistrada Joana Marques Vidal não adianta mais pormenores, justificando que “o processo se encontra em segredo de justiça”.

Contactada pela Agência Lusa, a direcção nacional da PJ admitiu ter conhecimento do caso, adiantando que já tinha sido instaurado um inquérito disciplinar para apurar os factos.

O crime de tortura é punível com uma pena de prisão de um a cinco anos.