Quercus queixa-se a Bruxelas por causa do ruído

Associação diz que Portugal não está a cumprir uma directiva europeia de 2002.

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Problema do ruído nas cidades está a ser negligenciado, diz a Quercus Paulo Pimenta

Muitos mapas estratégicos de ruído e planos de acção, ambos previstos por uma directiva comunitária de 2002, ou não estão feitos ou não foram comunicados à Comissão Europeia, segundo dados da Agência Portuguesa do Ambiente, citados pela Quercus.

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Muitos mapas estratégicos de ruído e planos de acção, ambos previstos por uma directiva comunitária de 2002, ou não estão feitos ou não foram comunicados à Comissão Europeia, segundo dados da Agência Portuguesa do Ambiente, citados pela Quercus.

Os ambientalistas enviaram esta segunda-feira uma queixa à Comissão Europeia, denunciando à situação.

Entre as cidades que, nos termos da lei europeia, deviam ter mapas estratégicos e planos de acção para o ruído, Porto, Matosinhos, Amadora, Oeiras e Odivelas estão em falta, segundo a Quercus. Faltam também mapas e planos para ferrovias, estradas e aeroportos.

“O ruído tem sido um problema sistematicamente esquecido pelas autoridades competentes e ignorado pela população nas cidades portuguesas”, diz a associação ambientalista, num comunicado. “No último trimestre de 2012, várias medições de ruído realizadas pela Quercus em cinco pontos críticos da cidade de Lisboa evidenciaram níveis acima dos valores considerados de referência para a proteção para a saúde humana”, completa a organização.