Entrega de casas aos bancos caiu 54,5% em 2013

Entrega de casas diminuiu mas vendas aumentaram, ajudadas pelos vistos gold para investidores estrangeiros e regime fiscal para residentes não habituais.

Foto
Paulo Ricca

As dações, feitas por famílias e promotores imobiliários, cresceram no último trimestre 30% face a igual período anterior, totalizando 655.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

As dações, feitas por famílias e promotores imobiliários, cresceram no último trimestre 30% face a igual período anterior, totalizando 655.

As áreas metropolitanas de Lisboa e Porto representam cerca de 29% das dações, que consistem num acordo entre o detentor do empréstimo e o banco, mas que nem sempre se traduzem numa amortização integral da dívida.

Luís Carvalho Lima, presidente da APEMIP, explica que “o decréscimo no número de imóveis entregues em 2013 está relacionado com a actuação dos bancos junto dos seus clientes, pois passaram a adoptar uma posição mais facilitadora do pagamento das dívidas de crédito à habitação pelas famílias.”

No que se refere a vendas de imóveis, a APEMIP avança que, em 2013, foram transaccionados aproximadamente 96,9 mil imóveis (urbanos, rústicos e mistos). O número de imóveis vendidos em 2012 não foi adiantado.


Para a APEMIP, “o ano de 2013 terminou com um bom prenúncio para o mercado imobiliário portu­guês, apresentando um crescente positivismo enfatizado, essencialmente, pelos Vistos Gold e pelo Regime Fiscal dos residentes não habituais”.


No total de vendas realizadas no ano passado, o terceiro tri­mestre foi o mais dinâmico (25,9%), logo seguido pelo quarto trimestre (25,6%).

De acordo com a associação, os números de vendas vêm confirmar as previsões de retoma anunciadas pelo presidente da APEMIP, Luís Carvalho Lima, em Setembro, quando afirmou existirem “contornos optimistas no mercado imobiliário”.

Segundo as estimativas da APEMIP, é possível inferir que as Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto concentram cerca de 28% das ocorrências relativas a imóveis entregues em dação em pagamento em Portugal.