Bola de Ouro aos 41 anos

A história do troféu que distingue aquele que é considerado o melhor futebolista de cada ano.

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O troféu individual mais cobiçado pelos futebolistas Franck Fife/AFP

Se Maradona, Romário ou Madjer tivessem nascido alguns anos mais tarde também teriam sido, certamente, candidatos a uma “Bola de Ouro”. Mas para eles, embora tivessem feito carreira na Europa, a alteração do regulamento do prémio só chegou em 1995 e já veio atrasada.

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Se Maradona, Romário ou Madjer tivessem nascido alguns anos mais tarde também teriam sido, certamente, candidatos a uma “Bola de Ouro”. Mas para eles, embora tivessem feito carreira na Europa, a alteração do regulamento do prémio só chegou em 1995 e já veio atrasada.

Até essa data o troféu estava confinado a jogadores nascidos no continente europeu ou, como no caso de Eusébio, com a nacionalidade de um dos seus países. Antes dele, Di Stefano e Sivori, que também não nasceram na Europa, foram premiados, mas um já tinha passaporte espanhol e o outro italiano.

Só em 1995, num ano em que Portugal teve três candidatos, Vítor Baia, Paulo Sousa e Figo (Bola de Ouro em 2000), é que a alteração ao regulamento permitiu a chegada ao primeiro lugar do liberiano George Weah, que era grande figura do Milan, depois de ter trabalhado sob a orientação de Artur Jorge no Paris-SG.

Agora o prémio vai mais longe. Por acordo entre os proprietários da revista France Football e a FIFA, que constituíram um júri internacional chama-se FIFA Ballon d’Or desde 2010. Tem nova alteração ao regulamento para ganhar uma dimensão universal, Votam jornalistas, seleccionadores nacionais e capitães de selecção de todos os países filiados. Futebolista que, por exemplo, jogue em África ou na América do Sul já pode a aspirar ao prémio, como teria sido o caso de Pelé se no seu tempo vigorassem estas regras. Mas para agora não. Os melhores jogadores do mundo estão todos na Europa. Dos outros, ainda nenhum deles chegou sequer à pré-selecção de 23 jogadores.