Novo dono chinês da Caixa Seguros atento a mais “oportunidades de investimento”

O grupo Fosun, escolhido para ficar com a Caixa Seguros, vê Portugal como um mercado atractivo.

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O Governo anunciou na quinta-feira a escolha da Fosun para a área seguradora da CGD Filipe Arruda

Para a Fosun, escolhida para ficar com 80% da Caixa Seguros, o mercado português “corresponde bem à estratégia de expansão global” do grupo. Num comunicado enviado à agência Lusa em Pequim, a Fosun admite o interesse noutras áreas de negócio.

“Prestámos atenção a oportunidades de investimento noutros sectores do mercado português, particularmente no imobiliário, turismo e produtos de marca”, refere a empresa, considerada um dos mais lucrativos grupos privados chineses, com participações em dezenas de empresas de vários ramos, chinesas e internacionais, entre as quais o Club Mediterranée.

A escolha do Governo na privatização da venda da área seguradora da Caixa Geral de Depósitos, anunciada na quinta-feira, envolve um negócio de mil milhões de euros, chegando o encaixe a 1209 milhões, graças à distribuição prévia de dividendos (208,9 milhões de euros). O outro candidato, cuja proposta foi rejeitada, era o grupo norte-americano Apollo Management International.

A Fosun fica com o controlo da Caixa Seguros através de uma participação accionista de 80%, podendo vir a assumir até 85% caso os trabalhadores não comprem as acções a que têm direito de subscrever.

A compra é considerada pela Fosun como “mais uma boa aplicação do modelo de investimento” da empresa, que “há muito” queria “tornar-se num grupo de investimento orientado para os seguros com capacidades financeiras polivalentes”.

O Fosun é o terceiro investidor chinês a vencer privatizações realizadas pelo actual Governo. Primeiro, a China Three Gorges comprou 21,35% do capital da EDP por 2700 milhões de dólares, há cerca de dois anos, tornando-se no maior accionista da eléctrica portuguesa. Depois, a China State Grid pagou 287 milhões de euros por 25% do capital da REN (Redes Energéticas Nacionais).

Fosun, em chinês, diz-se Fu Xing, expressão que soa como “renovar”.
 
 
 

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Para a Fosun, escolhida para ficar com 80% da Caixa Seguros, o mercado português “corresponde bem à estratégia de expansão global” do grupo. Num comunicado enviado à agência Lusa em Pequim, a Fosun admite o interesse noutras áreas de negócio.

“Prestámos atenção a oportunidades de investimento noutros sectores do mercado português, particularmente no imobiliário, turismo e produtos de marca”, refere a empresa, considerada um dos mais lucrativos grupos privados chineses, com participações em dezenas de empresas de vários ramos, chinesas e internacionais, entre as quais o Club Mediterranée.

A escolha do Governo na privatização da venda da área seguradora da Caixa Geral de Depósitos, anunciada na quinta-feira, envolve um negócio de mil milhões de euros, chegando o encaixe a 1209 milhões, graças à distribuição prévia de dividendos (208,9 milhões de euros). O outro candidato, cuja proposta foi rejeitada, era o grupo norte-americano Apollo Management International.

A Fosun fica com o controlo da Caixa Seguros através de uma participação accionista de 80%, podendo vir a assumir até 85% caso os trabalhadores não comprem as acções a que têm direito de subscrever.

A compra é considerada pela Fosun como “mais uma boa aplicação do modelo de investimento” da empresa, que “há muito” queria “tornar-se num grupo de investimento orientado para os seguros com capacidades financeiras polivalentes”.

O Fosun é o terceiro investidor chinês a vencer privatizações realizadas pelo actual Governo. Primeiro, a China Three Gorges comprou 21,35% do capital da EDP por 2700 milhões de dólares, há cerca de dois anos, tornando-se no maior accionista da eléctrica portuguesa. Depois, a China State Grid pagou 287 milhões de euros por 25% do capital da REN (Redes Energéticas Nacionais).

Fosun, em chinês, diz-se Fu Xing, expressão que soa como “renovar”.