Um milhão de artigos apreendidos no desmantelamento de rede de contrafacção de roupa e calçado

Cooperação entre a ASAE e a polícia espanhola identifica fábricas de produção ilegal de roupa e calçado.

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Ricardo Jorge Carvalho

O director-geral da ASAE, Pedro Portugal Gaspar, disse que os locais de produção se situavam no Norte do país, zona tradicionalmente afecta à produção de vestuário e calçado. Foram identificados pontos de produção em Guimarães, Barcelos e Fafe. Algumas destas fábricas partilhavam a realização de peças legais e contrafeitas, trabalhando durante parte do dia nos produtos para os quais se encontravam licenciadas e posteriormente em falsificações de marcas. Por esta razão, alguns dos locais cessaram apenas a sua produção ilícita e continuam a desenvolver a sua actividade "lícita e licenciada".

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O director-geral da ASAE, Pedro Portugal Gaspar, disse que os locais de produção se situavam no Norte do país, zona tradicionalmente afecta à produção de vestuário e calçado. Foram identificados pontos de produção em Guimarães, Barcelos e Fafe. Algumas destas fábricas partilhavam a realização de peças legais e contrafeitas, trabalhando durante parte do dia nos produtos para os quais se encontravam licenciadas e posteriormente em falsificações de marcas. Por esta razão, alguns dos locais cessaram apenas a sua produção ilícita e continuam a desenvolver a sua actividade "lícita e licenciada".

"Os produtos saíam das fábricas embalados e etiquetados com preço, fazendo entender ao cliente que o produto era genuíno", afirmou o comissário Hugo Tavares. Foram apreendidos, entre outros, produtos das marcas Gant, Puma, Nike, Adidas e Lacoste e também os cunhos com os quais foram fabricados, o que, nas palavras do comissário, permite cessar a contrafacção. Em Espanha, onde foram detidas 99 pessoas, foi identificada uma rede de elementos marroquinos que se abasteciam de produtos em Portugal e que seriam depois colocados no circuito comercial.

Para Pedro Portugal Gaspar, esta operação é um sinal de combate e desmantelamento da contrafacção e tem um importante "valor de protecção dos agentes económicos titulares de marcas". Os produtos encontram-se actualmente guardados, por constituírem prova do processo. Terminado o processo, depois de retirada qualquer identificação de marca, o destino dos produtos será provavelmente a distribuição e entrega a instituições de solidariedade social.