Uma miragem que exige alicerces

Não há como a miragem de um idílio para juntar (e aplacar) vozes discordantes e foi isso que se viu ontem no encontro do Conselho da Diáspora Portuguesa, reunido em Cascais por iniciativa do seu patrono, o Presidente da República. Ali estiveram, para além de Cavaco Silva e de 30 representantes da diáspora propriamente dita, Coelho, Portas, Pires de Lima, Machete, mas também Durão e Seguro. Objectivo? Idêntico ao que tem vindo a mover vários grupos de pressão entusiasmados com a ideia: passar uma imagem positiva de Portugal para atrair os mais renitentes para o que há de bom no país. Traduzindo: mais turistas, mais parcerias, mais investimento, mais negócios, mais exportações. Sem descurar o lobbying é bom lembrar que, sem condições propícias (leis, segurança, incentivos) a miragem corre o risco de ficar pela (má) poesia. Nada os impede de sonhar, mas tratem por favor dos alicerces.  
 

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Não há como a miragem de um idílio para juntar (e aplacar) vozes discordantes e foi isso que se viu ontem no encontro do Conselho da Diáspora Portuguesa, reunido em Cascais por iniciativa do seu patrono, o Presidente da República. Ali estiveram, para além de Cavaco Silva e de 30 representantes da diáspora propriamente dita, Coelho, Portas, Pires de Lima, Machete, mas também Durão e Seguro. Objectivo? Idêntico ao que tem vindo a mover vários grupos de pressão entusiasmados com a ideia: passar uma imagem positiva de Portugal para atrair os mais renitentes para o que há de bom no país. Traduzindo: mais turistas, mais parcerias, mais investimento, mais negócios, mais exportações. Sem descurar o lobbying é bom lembrar que, sem condições propícias (leis, segurança, incentivos) a miragem corre o risco de ficar pela (má) poesia. Nada os impede de sonhar, mas tratem por favor dos alicerces.