Entre 100 a 120 mil portugueses emigraram este ano

Os países da Europa, em particular a França, continuam a ser os principais destinos dos portugueses.

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PÚBLICO/Paulo Pimenta

"Não tenho nota de que, no ano, tenha havido um aumento. Temos números mais ou menos constantes, mas que são bastante altos", referiu o governante à Lusa, a propósito dos números da emigração em 2013.

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"Não tenho nota de que, no ano, tenha havido um aumento. Temos números mais ou menos constantes, mas que são bastante altos", referiu o governante à Lusa, a propósito dos números da emigração em 2013.

Apesar de não existirem dados oficiais, o Governo admite que o número de portugueses que emigraram seja semelhante ao do ano passado - cerca de 100 a 120 mil: "Não pode aumentar muito porque não há empregos", disse José Cesário.

Os países da Europa, em particular a França, continuam a ser os principais destinos dos portugueses, com Angola a atrair também números semelhantes aos do ano passado, na ordem dos 25 mil.

Questionado sobre se aumentou a saída de emigrantes para o Brasil, um país que já considerou que poderia atrair muitos portugueses, o secretário de Estado admitiu que "isso não se está a verificar", sobretudo devido à falta de equivalências para certas profissões, como engenheiros e arquitectos, que não podem exercer naquele país.

Sobre Moçambique, também os "valores se mantêm idênticos" aos de 2012, ou seja, entre três a quatro mil portugueses foram este ano viver para este país africano, onde "o volume de obras públicas não aumentou muito".

Questionado sobre se os conflitos e os raptos têm levado os portugueses a evitar este país, Cesário reconheceu que "há receio e medo, mas cá, porque lá as pessoas fazem as suas vidas normais".

Para o próximo ano, José Cesário admite ter uma "expectativa optimista, mas optimista moderada".

"Se tivermos um número assinalável de empregos criados – o Instituto do Emprego diz-nos que este ano foram cerca de 120 mil –, temos menos emigração", sustentou.

O responsável pela tutela das Comunidades apontou o aumento das exportações como um indicador positivo, uma vez que significa "mais produção e mais postos de trabalho criados".