Da Rússia com dois ecrãs

Um telemóvel com um ecrã de tinta electrónica quer resolver o problema da pouca duração das baterias.

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Tal como em aparelhos como os Kindle, da Amazon, o ecrã de tinta electrónica do YotaPhone exibe apenas tons de cinzento, mas não emite luz. Por um lado, isto significa que é menos cansativo para os olhos dos utilizadores do que um ecrã tradicional, como o que o telemóvel tem na parte da frente — uma vantagem sobretudo para as pessoas que consomem nestes ecrãs relativamente pequenos todo o tipo de conteúdos, incluindo artigos e até livros.

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Tal como em aparelhos como os Kindle, da Amazon, o ecrã de tinta electrónica do YotaPhone exibe apenas tons de cinzento, mas não emite luz. Por um lado, isto significa que é menos cansativo para os olhos dos utilizadores do que um ecrã tradicional, como o que o telemóvel tem na parte da frente — uma vantagem sobretudo para as pessoas que consomem nestes ecrãs relativamente pequenos todo o tipo de conteúdos, incluindo artigos e até livros.

Por outro lado, o ecrã traseiro mostra informação — como notificações de mensagens e de e-mails, ou actualizações de sites noticiosos e de redes sociais — mesmo quando o telemóvel está bloqueado. Isto acontece com um consumo de bateria muito inferior ao que seria feito se o utilizador tivesse o ecrã convencional sempre ligado e evita que o utilizador tenha de "acordar" o dispositivo sempre que quer consultar informação. O ecrã ainda pode ser usado para exibir diferentes imagens e assim personalizar o aspecto do aparelho. E também é possível colocar informação neste segundo ecrã que permanecerá visível mesmo que a bateria se esgote.

A empresa quer resolver um problema da generalidade dos utilizadores de smartphones: as cargas frequentes de bateria, uma necessidade criada tanto pelos ecrãs de grande dimensão, como pela frequência com que estes telemóveis são utilizados para várias tarefas.

Na frente, o YotaPhone tem um ecrã de 4,3 polegadas, com uma resolução de 720px por 1280px. Tem 2GB de memória RAM e um cartão de memória de 32GB para armazenamento. Está equipado com uma câmara frontal e outra traseira e usa a versão Jelly Bean do Android, antecessora da mais recente versão KitKat.

Os dois ecrãs são capazes de trocar informação e a Yota Devices, a empresa por trás do telemóvel, fez várias parcerias para aproveitar a tecnologia de tinta electrónica do segundo ecrã, uma delas com um jornal russo, que tem uma edição para o aparelho, e outra com uma empresa de mapas.

O YotaPhone pode ser comprado por consumidores da Rússia, Áustria, França, Espanha e Alemanha. A empresa tem planos para alargar a comercialização a outros 15 países na Europa e no Médio Oriente. O PÚBLICO questionou a empresa sobre planos para venda em Portugal, mas não obteve resposta até à hora de publicação deste artigo.