Jornal de Angola critica imprensa portuguesa

Texto refere que a questão só estará resolvida quando forem divulgados os nomes dos magistrados que violaram o segredo de justiça.

“No momento em que a verdade vem à superfície, não se nota da parte da imprensa portuguesa o mesmo empenho em divulgar com o mesmo destaque o que apenas agora o Ministério Público português traz à luz do dia com o objectivo de esclarecer o público sobre os resultados a que chegou com os processos instaurados contra dignitários angolanos”, sublinha o editorial intitulado “O fim do baile de máscaras”.

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“No momento em que a verdade vem à superfície, não se nota da parte da imprensa portuguesa o mesmo empenho em divulgar com o mesmo destaque o que apenas agora o Ministério Público português traz à luz do dia com o objectivo de esclarecer o público sobre os resultados a que chegou com os processos instaurados contra dignitários angolanos”, sublinha o editorial intitulado “O fim do baile de máscaras”.

O editorialista Filomeno Manaças destaca “a forma envergonhada como reagem as figuras que alimentaram em Lisboa a polémica à volta dos supostos casos de corrupção”, e assinala o que classifica como silêncio com que aceitam os comunicados da Procuradoria-Geral da República.

“Mesmo estando as autoridades angolanas dentro da sua razão, pretendia-se que elas se vergassem a uma forma de fazer política que manda a ética às urtigas”, refere. Em contraponto, sublinha “a actuação determinada, sóbria e séria” de Luanda.

A questão, o “baile de máscaras” na expressão do Jornal de Angola, só chegará ao fim “quando forem revelados os nomes dos magistrados envolvidos na violação do segredo de justiça.

Notícia corrigida às 17h08, onde se lia que o editorial era desta quinta-feira, lê-se agora que era de domingo.