Agressão fiscal compromete futuro do país, diz Associação de Famílias Numerosas

A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN) considerou nesta sexta-feira que a agressão fiscal às famílias portuguesas “está a destruir o tecido social” e “a comprometer o futuro do país”.

Foto
As instituições oferecem um tipo de resposta que as famílias muitas vezes não estão em condições de dar Foto: Enric Vives-Rubio

“Para o Estado português só interessa o rendimento, independentemente do número de bocas que esse rendimento alimenta, dos pés que calça, dos livros que tem de comprar para a escolaridade obrigatória”, adianta a Associação Portuguesa de Famílias Numerosas.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

“Para o Estado português só interessa o rendimento, independentemente do número de bocas que esse rendimento alimenta, dos pés que calça, dos livros que tem de comprar para a escolaridade obrigatória”, adianta a Associação Portuguesa de Famílias Numerosas.

A APFN sublinha também que “só por brincadeira” é que se “alega que o orçamento tem em conta a natalidade”, referindo que “para o Estado português uma criança não é um ser a considerar”, mas sim alguém “sem necessidades e quase sem existência”.

“Não colhe o argumento de que o custo de ter filhos é de quem os tem e que o Estado não tem de ser sobrecarregado com as opções das pessoas. Porque o Estado, por um lado, não conta com os filhos no tratamento fiscal de quem os tem; por outro, depende deles essencialmente para subsistir, no presente e no futuro”, adianta a nota da APFN.

A associação diz ainda que o OE para o próximo ano não procura a equidade e a justiça.

A proposta de Orçamento do Estado para 2014 foi hoje aprovada na generalidade pela maioria PSD/CDS-PP, com votos contra de toda a oposição e do deputado democrata-cristão eleito pela Madeira Rui Barreto.